O apoio dado a Bolsonaro não só trouxe as milícias paramilitares para o cenário político, mas também deu força às milícias digitais, que têm sido responsáveis pela disseminação de desinformação e ciberataques, como o ocorrido com o portal de registro das vacinas.
Invadir dados de saúde é um crime sério. Essas informações são protegidas por lei e devem manter sua confidencialidade. A pessoa responsável por esse ataque poderia, sem dificuldade, ter acessado prontuários médicos e exposto a vida de qualquer indivíduo, inclusive a sua.
Sabotar um aplicativo de vacinas é uma tentativa ideológica de combater uma das mais eficazes ferramentas de prevenção de doenças. Essa ação semeia o ódio contra um método científico que, ao longo dos anos, tem salvado inúmeras vidas. E o mais alarmante é que essa política atual traz ao debate uma conquista da saúde pública que, em outros tempos, foi respeitada por diferentes governos, até ser atacada como nunca antes, nem mesmo durante o período da ditadura militar.
Que esse ataque à saúde e ao bem-estar das pessoas nos leve a refletir sobre a urgência de rejeitar, de forma completa, a família Bolsonaro e tudo o que ela representa em termos de retrocesso e extremismo.