Média móvel continua estável

Desde que eu publiquei meu último registro do “diário da pandemia” (23/10/21), a média móvel de óbitos caiu de 325 para 227 (hoje) e está estável, menor que 300, há 25 dias consecutivos.

A vacinação, principal responsável pela queda de casos graves e mortes, subiu, no mesmo período, de 71% para 74,43% o percentual de pessoas vacinadas e de 49% para 62,25% o de pessoas com esquema vacinal completo. As doses de reforço aumentaram de 2% para 7% da população brasileira.

Apesar do avanço na vacinação, problemas persistem. Um deles é a desigualdade da vacinação entre os estados. São Paulo, por exemplo, vacinou 83% e 76% (primeira dose e esquema completo), enquanto o Amapá vacinou 60% e 38%.

Outro ponto crítico é que a vacinação em primeira dose somente avançou 4% nos últimos 40 dias, o que parece indicar uma tendência de teto da vacinação, isso puxado pelo grande sucesso da vacinação em São Paulo.

Frente ao fato de que a vacinação não impede a contaminação, novas cepas como a Ômicron, quarta onda da pandemia na Europa e a aproximação do final de ano com festas e aglomerações, sem contar com o que já estamos vendo nos estádios de futebol, seria fundamental apressar a vacinação e apertar as medidas de contenção por máscara e formas de isolamento e controle de aglomerações.

Corremos o risco de uma nova onda com piora de casos graves e mortes? Se observarmos outros países, a resposta é sim. Vejamos o caso do Chile que tem 83% de imunizados (esquema vacinal completo) e Portugal com 88%.

Mesmo tendo quase zerado as mortes, experimentaram uma mudança de tendência no último mês. Os casos novos e os óbitos têm subido de forma constante, a ponto de superarem o Brasil proporcionalmente à população (ambos 1,26/milhão e o Brasil 1,0/milhão).

Mais uma vez a pandemia tem frustrado as previsões minimamente otimistas e tudo indica que aglomeração de réveillon e carnaval deverão ser descartadas. Ao menos, deveriam.

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