O relatório final da CPI da Pandemia trouxe à tona nove crimes apontados contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, com destaque para dois deles: o crime de epidemia com resultado de morte e o crime contra a humanidade. Outros crimes, como genocídio de população indígena e homicídio qualificado, foram retirados, mas o pedido de indiciamento por crimes graves como os já mencionados segue em destaque.
Aqui estão os nove crimes apontados:
- Crime de epidemia com resultado de morte
- Crime de infração a medidas sanitárias preventivas
- Crime de emprego irregular de verba pública
- Crime de incitação ao crime
- Crime de falsificação de documentos particulares
- Crime de charlatanismo
- Crime de prevaricação
- Crime contra a humanidade
- Crime de responsabilidade
Embora o vazamento do relatório tenha causado uma certa expectativa de um resultado mais incisivo e um clima de frustração para alguns, o que permanece é a gravidade das acusações e os 68 indiciamentos sugeridos, incluindo 65 pessoas e 3 empresas envolvidas em 29 tipos de crimes. O ex-ministro da Saúde, general Pazuello, e o atual ministro Marcelo Queiroga também estão entre os indiciados.
Para muitos, a decepção em relação ao não indiciamento por genocídio indígena reflete uma sensação de falta de contundência, mas vale lembrar que presidentes anteriores também foram depostos por acusações que hoje podem parecer menores, como a compra de um carro (Fiat Elba) ou pedaladas fiscais. Neste contexto, o crime de contra a humanidade apontado contra Bolsonaro não é trivial, e a CPI, embora polêmica, trouxe à tona evidências e denúncias de uma gravidade sem precedentes na história recente do Brasil.