Atraso na segunda dose

Segundo informações do Ministério da Saúde, em levantamento feito pelo IBGE, mais de 20 milhões de pessoas que tomaram a primeira dose estão atrasadas para a segunda. Ou seja, perderam a data para retorno que constava na carteira de vacinação.

Sem o atraso, teríamos hoje 59% de pessoas totalmente imunizadas, e não os atuais 49%. Tal diferença significa, do ponto de vista sanitário, um contingente (evitável) de pessoas expostas ao vírus, com mais chances de desenvolver casos mais graves da doença.

Há muitas causas já apontadas para tal fenômeno. Pessoas perdem a data por esquecimento ou falta de condições de retornar, ou tem dificuldade de para se ausentar do trabalho, ou ainda podem ter adoecido, entre outros motivos.

A desorganização do calendário de vacinação, com inúmeras suspensões temporárias da vacinação também contribui. Muita gente que tomou e teve reações pode ter ficado com medo, sentimento acentuado pelas notícias falsas de que a vacina pode matar.

O fato é que precisamos urgentemente aumentar a busca ativa e incentivar medidas como a do passaporte vacinal. Sem isso, o que se projeta é um furo estrutural na cobertura vacinal.

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