Uma excelente notícia veio do Governo do Estado de São Paulo, que anunciou nesta segunda-feira (18) a antecipação de 8 semanas para 21 dias no intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina contra COVID-19 da Pfizer para adultos. Essa é a segunda antecipação do estado, que já havia reduzido o prazo de 12 para 8 semanas em setembro.
Curiosamente, o intervalo de 21 dias está alinhado com a bula do imunizante, o que é o mesmo prazo adotado para a CoronaVac desde o início da vacinação. A redução do intervalo é uma estratégia essencial para acelerar a imunização de um maior número de pessoas, garantindo maior proteção contra casos graves e mortes, especialmente diante da variante Delta.
Atualmente, no Brasil, 71% da população recebeu ao menos uma dose da vacina, e 49% completaram o esquema vacinal. Enquanto isso, países como Estados Unidos, várias nações europeias, além de Argentina, Chile e Uruguai, têm optado por encurtar o intervalo entre as doses para acelerar a imunização total.
A Argentina, por exemplo, possui um percentual menor de pessoas vacinadas com a primeira dose do que o Brasil, mas tem um índice superior de pessoas completamente imunizadas. A explicação está nos intervalos menores entre as doses.
Embora seja uma excelente notícia para São Paulo, a decisão de antecipar a segunda dose pode aumentar ainda mais a desigualdade na cobertura vacinal entre os estados. Sem uma ação coordenada do Ministério da Saúde para garantir uma campanha nacional uniforme, corremos o risco de aprofundar as disparidades, comprometendo os avanços no combate à pandemia em todo o país.