Queda de mortes é efeito do feriadão

Depois de 9 dias com média móvel de mortes abaixo de 500, registramos a média móvel de menos de 400. Há exatos 11 meses, em 12 de novembro, foi registrada a média móvel de 365, décimo e último dia consecutivo de média móvel na casa de 300 mortes.

A queda abrupta de 440 para 367 da média móvel de mortes é reflexo do feriado prolongado de 12 de outubro, fenômeno comum ligado à demora no registro por conta do feriado. Amanhã e nos próximos dias se confirmará ou não se há tendência de queda ou se segue o período de estabilidade na taxa de mortes.

O debate que agora está cada vez mais quente é o da generalização da terceira dose, o que caracterizaria como dose de reforço. Para a maioria da comunidade científica, a terceira dose fora dos grupos de risco é desnecessária.

Embora haja queda na produção de anticorpos, a proteção das duas doses é eficaz e duradoura por anos, suficiente para não desenvolver casos graves e óbitos. Então, universalizar a terceira dose é decisão política e não sanitária.

Pressão popular ou mesmo ingerência de laboratórios podem influenciar decisão que eleva os custos que poderiam ser alocados para outras ações de saúde, como o cuidado das pessoas sequeladas.

Fora que serão os países ricos que estarão revacinando suas populações enquanto ainda 50% da humanidade não sabe o que é vacina contra Covid-19. O irônico é que, sem cobertura vacinal, populações contaminadas livremente podem desenvolver novas variantes que põem em risco a efetividade da vacinação.

Completa-se o ciclo vicioso.

Casos ativos:
270 dias de campanha geral e 250 de segunda dose ou dose única.
– ao menos uma dose: 149,806 milhões (70,23 % da pop.)
– imunizadas: 99,958 milhões (46,86% da pop.), do total de imunizadas, 4,247 milhões são dose única.
– terceira dose: 2.469 milhões.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.