Raspando o tacho do genocídio

Me parece nítido que a estratégia negacionista do bolsonarismo agora é de ataque à vacina.

A horda bolsonarista tão acostumada a ser conduzida pelas tramas obscurantistas, teorias da conspiração, fake news, anticomunismo, enfim, toda a pauta do atraso, não embarcou com o mesmo denodo no movimento antivacina, tanto que as pesquisas têm apontado índices de apoio à vacina acima de 90%.

Os ataques da rádio Jovem Pan, inclusive espalhando notícia falsa que jovem morreu ao tomar a Pfizer, membros do governo e Eduardo Bolsonaro dizendo que pegaram Covid-19 mesmo estando vacinados, desqualificando os imunizantes, e, ontem (31), Bolsonaro voltando a carga negacionista dizendo que as vacinas são “experimentais”, buscam gerar desgaste e diminuir o apoio à vacinação.

A demora na campanha, principalmente da segunda dose para completar o esquema vacinal, contribui para essa estratégia, pois mantém ainda um grande contingente de não vacinados que pode, se o negacionismo for exitoso, diminuir a adesão à segunda dose.

Isso é importante pelo fato de que, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, 95% das pessoas internadas não são imunizadas, ou seja, não tem esquema vacinal completo, isso inclui os imunossuprimidos e pessoas idosas que necessitam da terceira dose. Ou seja, a média móvel não vai mais rápido pela lentidão da segunda dose.

Com a CPI desmascarando a Prevent Senior, face assombrosa do negacionismo com seus experimentos de padrão nazista, incluindo pôr em tratamento paliativo (sem alimentação) pessoas que não estavam em estado terminal, poderíamos pensar que o negacionismo se encolheria, mas não, constatamos que o negacionismo genocida se reinventa.

Agora buscam um jeito de atrapalhar a vacinação, tentando espalhar desconfiança e que sabe fazer crescer por aqui o movimento antivacina. Quantas mortes a mais conseguirão contabilizar? Sim, é isso que Bolsonaro faz e são seus cúmplices Lira, o Centrão e a direita cheirosinha que não gosta de Bolsonaro, mas vai mantendo-o no cargo enquanto o genocida garante que interesses dos endinheirados prevalecem.

Dia 2 de outubro, nas ruas pelo Fora Bolsonaro.

Sobre os dados da pandemia, o mês termina com 16.275 mortes, o terceiro menor número de óbitos pela Covid-19 desde maio do ano passado. O patamar da média móvel de mortes está estável, entre 500 e 660 há 17 dias.

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