A Covid-19 que persiste

Segundo agência de notícias Reuters, estudo aponta ao menos um sintoma de longo prazo em 37% dos pacientes recuperados de Covid-19.

Os sintomas mais comuns detectados são dor, fadiga, problemas respiratórios e até ansiedade. O estudo de responsabilidade da Universidade Oxford e do Instituto Nacional de Pesquisas em Saúde Pública do Reino Unido, analisou 270 mil casos de pessoas que tiveram a doença.

Vários outros estudos têm identificado mais ou menos os mesmos sintomas prolongados, mas os percentuais variam muito, assim como as metodologias.

Já foram divulgados percentuais de 80% e 50%, por exemplo, com diferentes prazos de acompanhamento. Nesse estudo, analisou-se pessoas depois de 3 a 6 meses de recuperados da infecção.

A gama de sintomas é grande, o que dificulta até mesmo relacionar com a doença. Ansiedade, por exemplo, pode ser mais difícil de ser relatada como sintoma persistente do que fadiga. Perda cognitiva, se não for severa, pode ser confundida com um efeito do estresse que aparece por conta das demandas profissionais ou outros fatores estressantes.

De todo modo, parece que há consensos importantes se firmando. Um deles é de que a Covid-19 deixa sintomas de longo prazo em um percentual elevado que precisa de respostas organizadas dos sistemas de saúde.

Outro consenso é que os sintomas são variados e as pessoas podem ter um ou mais sintomas e que as pessoas acometidas experimentam perda na qualidade de vida, mesmo não sendo quadros agudos.

Aqui no Brasil, o SUS tem experiência de acompanhamento longitudinal de pacientes e inclusive tem prontuário eletrônico unificado.

Cabe ao SUS desenvolver programas específicos de acompanhamento, pois é possível que alguns casos se tornem crônicos, criando um grupo de pessoas sequeladas permanentemente.

Interessante que a subnotificação dos casos por insuficiência de testagem pode vir a ser um complicador. Muitas pessoas não sabem se tiveram Covid-19, portanto, o SUS precisaria seguir testando, ou em larga escala, ou ter no protocolo de investigação de determinados sintomas, o teste.

Por fim, mesmo que o percentual de pessoas com sintomas fosse menor que os 37% desse estudo, estaríamos falando de milhões de pessoas sequeladas, já que as pesquisas de prevalência apontam para mais de 60 milhões de infectados (cerca de 3 vezes o total de casos oficiais).

No Brasil:

Registro de mortes hoje: 643

Total de mortes: 596.163

Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 544

Casos confirmados em 24 horas: 16.405

Casos acumulados na pandemia: 21.397.798

Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 16.455

Casos ativos: 0,654 milhão

256 dias de campanha geral e 237 de segunda dose ou dose única.

– ao menos uma dose: 145,990 milhões (68,44 % da pop.)
– imunizadas: 89,996 milhões (42,19% da pop.), do total de imunizadas, 4,193 milhões são dose única.
– terceira dose: 821 mil

No mundo;

Casos: 233,9 milhões

Óbitos: 4.786.300

1º – EUA: 713,4 mil

2º – Brasil: 596,2 mil

3º – Índia: 448,1 mil

4º – México: 276,4 mil

5º – Rússia: 206,4 mil

6º – Peru: 199,3 mil
(SP: 149,6 mil)

7º – Indonésia: 141,8 mil (Reino Unido passou para a 8ª posição em 29/08)

Dados JHU (Johns Hopkins University).

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