Governador Doria anuncia antecipação de 12 para 8 semanas entre as doses da vacina Pfizer em São Paulo; medida beneficiará quase 7 milhões de pessoas
A antecipação do intervalo entre as doses da vacina Pfizer para 8 semanas, anunciada ontem (24) pelo governador João Doria, é uma boa notícia, especialmente em um momento em que a vacinação é essencial para o controle da pandemia. A medida, que foi implantada no estado de São Paulo, beneficiará quase 7 milhões de pessoas, permitindo que o esquema vacinal completo seja concluído mais rapidamente. O anúncio, no entanto, não se estende a todo o Brasil, pois é uma decisão apenas do governo paulista.
O novo prazo de 8 semanas, 28 dias antes do intervalo inicialmente previsto, visa acelerar o processo de imunização, sobretudo frente à ameaça da variante Delta, que tem se espalhado rapidamente. Vale ressaltar que a bula da Pfizer sugere um intervalo de 21 dias entre as doses, considerado o mínimo, mas o Brasil adotou um intervalo de 12 semanas, um tempo significativamente mais longo. A escolha de 12 semanas foi motivada pela escassez de imunizantes e não por um critério técnico de maior efetividade. Em outros países, a adesão ao intervalo mínimo foi mais comum, mas o Brasil seguiu com um intervalo mais longo, que agora será reduzido.
Além disso, a atualização sobre a vacinação no país traz outro dado importante: a média móvel de casos de Covid-19 no Brasil vinha registrando uma queda significativa, alcançando o patamar de 15 mil. No entanto, ajustes no sistema de dados da semana passada levaram à inclusão de milhares de novos casos represados, o que distorceu temporariamente a média móvel. Embora a inclusão desses dados seja necessária para uma análise precisa da evolução da pandemia, a qualidade da informação foi prejudicada, podendo passar a impressão equivocada de um aumento nos casos.
Em relação aos números de hoje, o Brasil registra 839 novas mortes, com um total de 592.357 óbitos desde o início da pandemia. A média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 531. Quanto aos casos confirmados, o país registrou 35.658 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o total acumulado para 21.282.612. Os casos ativos no país somam 1 milhão.
Em termos de vacinação, 143,06 milhões de brasileiros já receberam ao menos uma dose, o que representa 67,06% da população. Já o número de pessoas imunizadas com as duas doses ou a dose única chega a 83,4 milhões, ou 39,1% da população. Além disso, a aplicação da terceira dose também está em andamento, com 426 mil pessoas já vacinadas com a dose adicional.
Globalmente, o número de casos confirmados de Covid-19 já ultrapassou 230,8 milhões, com mais de 4,7 milhões de mortes registradas. O Brasil permanece como o segundo país com o maior número de óbitos, com 592.357 mortes, atrás apenas dos Estados Unidos. A Índia, México e Rússia completam o ranking dos cinco países mais afetados pela pandemia.