Menor média móvel de óbitos do ano.

No 7 de setembro tivemos o registro da menor média móvel de óbitos desde 1 de dezembro. Dessa data em diante a média móvel só cresceu até ultrapassar 1 mil em 21 de janeiro, daí foram 191 dias com média móvel superior a 1 mil. Agora são 39 dias abaixo de 1 mil mortes de média móvel.

O número de ontem certamente é fora da curva (caiu de 603 para 526 em um dia), devido à subnotificação em função do feriado na sequência de uma segunda-feira que costuma ser, juntamente com o domingo, os dias de menor notificação de registro de óbitos.

Isso quer dizer que não há tendência de queda? Não é isso, apenas teremos que esperar os próximos dias para avaliar melhor a tendência. Meu palpite é que ainda estamos experimentando uma tendência de queda da média móvel de mortes.

E por quê? Principalmente pelo avanço da vacinação, especialmente da segunda dose, que potencializa muito a proteção e, em menor escala, a terceira dose, que incide mais diretamente na população com problemas de imunidade e nos idosos acima de 80 anos, alvo principal dos agravos e óbitos por Covid-19.

Mas tem outro motivo. Os dados mostram até agora que no Brasil a variante Delta está se comportando diferente do que ocorreu no Reino Unido, Espanha, Itália e EUA, por exemplo. Nesses lugares houve uma explosão de casos num ritmo bem mais forte do que acontece aqui, lembrando que o nível de vacinação nosso é bastante inferior em comparação com esses países. A confirmar.

Agora há outra preocupação que é a variante Mu. Tudo indica que menos agressiva e de menor transmissibilidade que a Delta, que assim seja. Entre nós, a chegada da Mu, originalmente identificada na Colômbia, teria sido intensificada pela realização da Copa América.

Aliás, a Copa América poderia ter despertado o mesmo grau de cuidado na ANVISA que teve no episódio da partida Brasil x Argentina. Mas na época só o negacionismo entrou em campo.

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