Pandemia no Brasil – a guerra das vacinas

O Instituto Butantan entregou nesta segunda-feira (31) ao Ministério da Saúde para integrar o PNI mais 10 milhões de doses de vacinas da CoronaVac, desenvolvida em parceria do Instituto com o laboratório chinês, SinoVac.

No total já foram entregues quase 93 milhões, dos 100 milhões contratados. As entregas iniciadas em 17 de janeiro fizeram da CoronaVac a primeira vacina para a maioria dos idosos, que foram o público prioritário para o início da vacinação.

Como se trata da única vacina cuja segunda dose tem intervalo curto, de 28 dias (para a AstraZeneca e Pfizer foi adotado intervalo de 12 meses), os vacinados com a vacina do Butantan formam a maioria das 28% de pessoas imunizadas totalmente.

Colocada em dúvida pelo Bolsonaro e sua horda, atacada em muitos lugares do mundo, principalmente Europa e EUA, aqui demonstrou ser um imunizante à altura das necessidades.

Demonstrou efetividade no dia a dia, derrubando internações e mortes nos imunizados, e em testes massivos controlados como o realizado no município de Serrana/SP.

Os ataques no Brasil foram e são motivados pela disputa ideológicas tipo vírus chinês, vaChina, chip, e outras baboseiras obscurantistas, mas também pela disputa política dos presidenciáveis Doria x Bolsonaro (o divórcio do Bolsodoria da eleição).

Fora do Brasil, no norte global, só os ingênuos não percebem nos ataques à CoronaVac uma guerra comercial que envolve recursos bilionários para a compra de vacinas, lembrando que a China já é a principal fonte de remédios e insumos médicos para o resto do mundo.

Depois de êxitos imunológicos e logísticos, com cumprimento do cronograma de entrega, a CoronaVac é “premiada” com a sua exclusão do PNI no que se refere ao programa de doses de reforço, a princípio destinadas à idosas acima de 70 anos e pessoas com déficit imunológico.

A justificativa de Queiroga é de que haveria vantagem de cruzar tecnologias diferentes e alude a “vários estudos” que encontram vantagens na intercambialidade vacinal, esse é o termo técnico. Acontece que há tantos outros estudos que demonstram bons resultados imunológicos de dose da mesma vacina.

Para os gestores do Butantan e para o governo paulista, não há dúvida que o critério foi mesmo político, mais um capítulo das disputas que já mencionei. Não comprar mais vacinas do Butantan certamente traz prejuízo financeiro e pode comprometer os investimentos que fez em infraestrutura de produção.

Lembrando que o Instituto está também bem avançado na pesquisa para a produção do ButanVac, imunizante 100% nacional.

No Brasil:

Registro de mortes hoje: 313

Total de mortes: 579.643

Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 671

Casos confirmados em 24 horas: 12.453

Casos acumulados na pandemia: 20.751.108

Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 23.975

Casos ativos: 1,128 milhão

226 dias de campanha geral e 207 segunda dose ou dose única.

  • pessoas vacinadas ao menos uma dose: 130,020 milhões (60,95% da pop.)
  • imunizadas: 61,167 milhões (28,67% da pop.), sendo 4,125 milhões com dose única.
  • University).

No mundo:

Casos: 217,7 milhões

Óbitos: 4.521.900

1º – EUA: 655,6 mil

2º – Brasil: 579,6 mil

3º – Índia: 438,6 mil

4º – México: 258,2 mil

5º – Peru: 198,2 mil

6º – Rússia: 182,4 mil(SP: 145,6 mil)

7º – Indonésia: 132,5 mil (Reino Unido passou para a 8ª posição)

Dados JHU (Johns Hopkins

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