Piadas à parte, o evento militar diante do Palácio Presidencial em Brasília nos reflete muitas coisas:
Primeiramente, pensemos na pauta. Uma atividade militar daquele calibre, mostra o total desuso do senso. O comprometimento do presidente e seus párias com as pautas fundamentais é inexistente.
Enquanto a pobreza assola os brasileiros, ao nível do assombro da fome, a saúde está sucateada, a educação, “deseducada” – entre outras mazelas que padecem os brasileiros – a agenda do presidente se ocupa de um espetáculo cômico. Tanques de guerra desfilando em Brasília para se entregar um convite? Os correios não fariam isso? Um mensageiro militar que fosse? Um e-mail? Precisava de um desfile das sucatas da marinha? Sim, sucatas.
A imagem que nos apresenta o cortejo militar é da falência bélica e moral de nossas forças armadas. Falência Bélica porque desfilam com veículos para além do tempo de aposentadoria. Uma mensagem de nossas forças armadas “furreca”.
Em segundo lugar, podemos levar em consideração o caráter apelativo do ato. Uma demonstração risível de força inexistente. Coisa só passiva da mentalidade débil de nosso presidente. O abismo mental da ignorância de Jair Bolsonaro é patológico. E Nietzsche já nos disse: ” Quando olha longamente para o abismo, o abismo olha para você”. Bolsonaro tanto difundiu a ignorância, tanto cortejou a estupidez, que estas lhes sorriram de volta. Bolsonaro é a debilidade da razão exemplificada.
Por fim, o desfile de ontem demonstra o total desrespeito do presidente pelo povo brasileiro. Em tempos de Pandemia e fome, coloca-se veículos militares na rua gastando combustível que está pela hora da morte, estragando a pavimentação asfáltica da capital federal, poluindo o meio ambiente com a fumaça fétida dos motores sucateados de nossa força militar. Um espetáculo do desperdício, do atentado ao patrimônio público, de agressão ao meio ambiente.
Diante do espetáculo de ontem, somos obrigados a engrossar os brados: Fora, Bolsonaro! O quanto antes, deixe nosso povo em paz! Você é o arlequim que tomou posse do Reino. Entre troças e covardias, faz do país um calabouço para a liberdade, para o Bem Comum e para a Paz!
