Enquanto o Brasil enfrenta uma crise profunda, o espetáculo militar em Brasília reflete não apenas o descompromisso do presidente com as necessidades da população, mas também a falência das instituições que deveriam zelar pela segurança e pelo bem-estar do país.

O recente evento militar diante do Palácio Presidencial em Brasília desperta uma série de questionamentos sobre as prioridades do governo e as reais condições das forças armadas do Brasil. O desfile de tanques de guerra, que mais pareciam sucatas de uma era passada, é um exemplo claro de um governo que se desvia dos problemas reais da população. Em um momento em que a pobreza atinge níveis alarmantes, a fome assola as famílias brasileiras e os sistemas de saúde e educação estão à beira do colapso, o presidente e seus aliados parecem mais preocupados em proporcionar um espetáculo vazio e sem sentido do que em investir em políticas públicas que atendam às necessidades da população.

O evento, longe de representar a força e a grandiosidade das forças armadas, expôs uma triste realidade: a falência bélica e moral de nossas instituições militares. As imagens de veículos militares antigos e desgastados desfilando pelas ruas da capital federal são um retrato de um país que negligencia suas próprias forças armadas e que, em nome de um teatro político, utiliza recursos públicos para um ato completamente desnecessário e ineficaz. Se a intenção era entregar um convite ou realizar um ato simbólico, o Brasil já conta com meios mais adequados e modernos, como o correio, a entrega por mensageiro ou até mesmo a simples comunicação digital.

O caráter apelativo do ato também não passou despercebido. A exibição de força, mais parecendo uma demonstração de fraqueza, reflete a mentalidade empobrecida de um presidente que, ao invés de liderar com sabedoria e responsabilidade, se entrega à ignorância e ao espetáculo. Nietzsche já nos alertava sobre o perigo de olhar para o abismo sem perceber que, ao fazê-lo, o abismo também nos observa. Bolsonaro, ao longo de sua gestão, cultivou e promoveu um ambiente de ignorância e desinformação, que agora se reflete na incapacidade de governar de forma racional e construtiva.

Por fim, o desfile militar diante de um Brasil em crise, com sua população sofrendo os impactos de uma pandemia devastadora e uma economia em colapso, é uma afronta direta ao povo brasileiro. O gasto de recursos com a realização de um evento que desperdiçou combustível, poluiu o meio ambiente e danificou a infraestrutura da capital federal é uma clara demonstração de desrespeito. Em tempos de escassez, onde a saúde e a educação são negligenciadas, o desperdício de recursos para um show de poder, que mais se assemelha a uma pantomima do que a um ato de liderança, é um insulto àqueles que enfrentam as consequências da gestão desastrosa deste governo.

Diante desse cenário, é urgente que o Brasil se una em um brado coletivo: Fora, Bolsonaro! O Brasil merece um governo que respeite seu povo, que invista em políticas públicas eficazes e que, acima de tudo, coloque as reais necessidades da população acima dos interesses pessoais e políticos. Este é um momento de resistência, de luta pela liberdade, pela paz e pelo bem comum.