Vacinas funcionam, mas não dispensam outros cuidados

No período compreendido desde o dia 28 de fevereiro deste ano (início da vacinação em segunda dose) até os dia 27 de julho, Pesquisa da plataforma de monitoramento da pandemia Info Tracker, conduzida pela USP e UNESP, mostrou que somente 3,68% dos mortos por Covid-19 foram de pessoas imunizadas (duas doses ou vacina de dose única).

São cerca de 268 mil mortes no período e dessas, 9.878 com imunização completa. Desses óbitos, mais de 98% são idosos de 70 anos ou mais, o que reafirma a necessidade de cuidados especiais com essa população.

Temos aí a excelente, a ruim e a notícia necessária. A ruim é que sim, pessoas vacinadas/imunizadas podem adquirir e até mesmo morrer de Covid-19. A excelente notícia é que a vacina funciona, confirmando essa pesquisa o que revelou a pesquisa de Serrana/SP, que vacinou 100% dos adultos, o que fez com que as mortes da pandemia recuassem 95%.

E tem a notícia necessária, que é a de que, mesmo vacinadas com uma ou duas doses, as pessoas precisam continuar se protegendo e isso quer dizer usando máscara, álcool em gel e evitando aglomerações.

Necessário também é que as autoridades sanitárias sigam tomando decisões que de fato combatam a pandemia e não relaxem ao menor sinal de melhora nos índices. Manter o alerta é coisa que a prefeitura de São Paulo não fez quando ficou 10,5 meses (entre junho/2020 e maio/2021) sem aplicar uma única multa por não uso ou uso inadequado de máscara em vias públicas.

Importante ressaltar que a pesquisa feita em Botucatu/SP, que foi realizada com a aplicação de apenas uma dose da AstraZeneca, o resultado foi de redução de 35% dos óbitos, bem mais modesto que os 95% de Serrana/SP, com duas doses.

Isso nos alerta para o fato de que a imunização completa produz resultados muito superiores, por esse motivo é que a maioria dos países europeus têm adotado intervalos menores entre as doses. A Itália, por exemplo, adotou entre 40 e 60 dias para a AstraZeneca e 25 e 40 dias para a Pfizer.

No Brasil são 12 semanas (84 dias para ambos), prazo motivado pela escassez de imunizantes.

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