Vacina própria é segurança sanitária

Ao menos, em se tratando de vacinas contra a Covid-19, temos boas perspectivas para o futuro no que se refere à soberania na produção. Já são 4 vacinas sendo desenvolvidas o Brasil.

Isso é de extrema importância pelo fato de que, tudo indica, o novo coronavírus não nos abandonará tão cedo. Há um elevado grau de consenso entre os especialistas de que campanhas regulares de vacinação seja o cenário mais realista.

A mais recente pedido de autorização para estudos clínicos para desenvolvimento de vacina feito à ANVISA veio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Têm outras 3 em andamento, a Butanvac (Inst. Butantan), a Versamune (USP e a empresa Farmacore), ambas em fase de testes com humanos e tem a vacina sendo desenvolvida pela UFMG com a Fiocruz, que já solicitou autorização para testes em humanos e agora essa da UFRJ.

Para desespero dos privatistas liberalóides, há enorme participação de instituições públicas, inclusive universidades, aquelas que os ministros da educação do governo Bolsonaro tentam desqualificar, visando destruí-las para privatizá-las.

Dominar todo o processo de fabricação da vacina, inclusive a do IFA, é fundamental para a segurança sanitária do país. Aliás, isso se aplicaria remédios de modo geral, já que hoje cerca de 90% do IFA usado no Brasil vem da China. Há três décadas produzíamos mais da metade dos insumos para medicamentos.

Além do risco sanitário, pois numa crise ficamos à mercê de outros países, temos a insegurança orçamentária, pois os medicamentos representam mais de 10% dos gastos do SUS. Desenvolver um parque industrial de fármacos, bem como de outros insumos ligados à saúde, certamente teria impacto na segurança sanitária e no desenvolvimento do país.

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