A população tem pressa na vacinação

Foi bom vê o número de pessoas nas ruas pelo fora Bolsonaro. Em alguma medida nos dá ânimo frente a essa situação de barbárie, juntar-se com muita gente e enfrentar a naturalização de tantas mortes, ter a sensação de estar fazendo alguma coisa. Mas ao chegar em casa e olhar as matérias sobre a pandemia bate a ideia de que é pouco.

Os dados são estarrecedores. Começando pela média móvel de casos e mortes, que dão sinais de que ou se estabilizam em patamar elevadíssimo ou, o que é pior, voltam a dar sinais de que subirão.

Como já se sabe, a variante Delta se espalha e pode determinar a subida de casos. A curva de óbitos pode ser impactada por isso, principalmente porque a vacinação é lenta e o percentual de imunizados ainda está em menos de 18%.

Para complicar, os meios de comunicação computaram hoje 8 capitais em que a vacinação foi suspensa, de norte a sul (Belém, Maceió, João Pessoa, Fortaleza, Salvador, Campo Grande, Rio de Janeiro e Florianópolis). Sem contar que há previsão de que semana que vem haverá uma falta generalizada de doses.

Mas analisemos o quadro geral de vacinação. São pouco mais de 130 milhões de doses em 191 dias de vacinação e, mesmo considerando as 4,5 milhões de doses da Janssen, de aplicação única, no atual ritmo precisaríamos de no mínimo mais 211 dias para imunizar toda a população adulta.

E todo mundo sabe o que determina essa falta de doses para a nossa demanda. O negacionismo ideológico e a geração proposital de escassez para facilitar compras superfaturadas que aconteceria sob a cortina de fumaça da urgência.

Tudo isso gerando mortes. A cada suspensão de vacinação o saldo são mais mortes. A cada dia de atraso no estabelecimento de cobertura vacinal, mais mortes. Por isso temos pressa e por isso é preciso mudar.

191 dias de campanha geral e 172 segunda dose ou dose única.

  • pessoas vacinadas ao menos uma dose: 95,217 milhões (44,97% da pop.)
  • imunizadas: 37,390 milhões (17,66% da pop.), sendo 3,576 milhões com dose única.

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