O cordão umbilical mãe e filho

Nos primeiros meses de vida, o bebê tem uma relação de dependência muito intensa com a figura da mãe ou quem exerce essa função. Nessa fase, o bebê precisa da mãe para satisfazer suas necessidades básicas de sobrevivência, é ela quem vai garantir que suas necessidades sejam garantidas e com isso, ajudar no desenvolvimento e na constituição intrapsíquica da criança.

Assim, podemos dizer que nesse estágio o bebê tem uma relação simbiótica (saudável) ou fusional (de acordo com o psicanalista Winnicott) com a mãe. É importante lembrar que nos primeiros meses a criança ainda não tem um Eu estruturado.

O bebê não consegue diferenciar de “quem eu sou” com o mundo externo e quem é o Outro. E é justamente por isso que ele vive nessa dependência com seu cuidador, para que este último consiga decodificar e traduzir os sentimentos, emoções e necessidades do bebê. É aqui que quem exerce essa função faz um papel importante da introdução da simbolização e da lei, para que assim a criança consiga se integrar psiquicamente e estruturar o seu Eu, iniciando a formação da sua própria personalidade e se dissociando de quem é o Outro: “quem eu sou” daquilo que o “Outro é”. Ou seja, é exercendo esse papel de contenção (conter) e introjeção que a criança consegue se desenvolver e começar a ter sua independência da mãe.

É nestes primeiros indícios de independência da criança que a mãe precisa ter um Ego forte e deixar o seu filho “

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