Inicio de semana tendência de alta parece se confirmar

Depois de 13 dias consecutivos de média móvel de mortes em queda consistente, agora já são três dias subindo. Como já escrevi no último sábado, teremos que observar os próximos dias, até mesmo pelo fato de que os dados de domingo e segunda são os mais rebaixados pelo represamento das notificações do final de semana.

Há queda da média móvel de novos casos, o que é uma boa notícia, mas, sempre bom frisar, em patamar ainda elevado. Três dias seguidos de aumento da média móvel de mortes é preocupante porque parece revelar a quebra da tendência de baixa, mas temos que esperar alguns dias, repito.

A vacinação segue lenta, sob qualquer critério de análise. A taxa de imunização (2 doses ou vacina de dose única) segue a sete dias na casa dos 12%, isso em 150 dias de vacinação.

Ontem registrou-se o 4º dia seguido de aumento da média móvel de óbitos no Brasil. Aparentemente se reverte o quadro de queda que se apresentou por 13 dias consecutivos. Há, por outro lado, uma diminuição da média móvel de novos casos. Esse “descompasso” se dá pelo fato de o aumento ou diminuição do número de casos demorarem até 2 semanas para impactar no número de mortes.

É fato também que a pandemia está muito longe de estar controlada e ainda mais grave é o perigo de termos uma expansão dos casos de infecção pela variante Delta, como ocorre na Europa, particularmente em Portugal e Reino Unido. Outro dado que indica o nosso descontrole é a comparação com a evolução da pandemia no Reino Unido. Lá em 55 dias, entre final de janeiro e meados de março, a média móvel de mortes despencou de 1.260 para 100. Aqui, do pico de 3.100 fomos para 1.600, também em 55 dias.

Somente lembrando que para o sucesso do caso inglês tem na vacina, com agora 50% da população imunizada, contra 13% da brasileira, e as medidas pesadas de isolamento social, inclusive lockdown, ações que permitiram a queda vertiginosa de casos e óbitos. Mas há críticas pelo abandono das medidas de isolamento, pois foi suprimida a obrigatoriedade do uso de máscara e autorizadas as aglomerações, e quem assistiu alguma partida de tênis de Wimbledon, viu as arquibancadas lotadas e praticamente zero uso de máscaras (corajosos britânicos).

Ainda refletindo pouco nos óbitos, o RU vê o crescimento explosivo de casos em que, no intervalo de 6 semanas, a média móvel de novos casos saltou de 1.700 para 25.000. O detalhe é que essa nova onda tem como cepa predominante a variante Delta, que os especialistas concordam ser mais facilmente transmissível e, a maioria, entende que a eficácia da vacina é ligeiramente menor a ponto de já se discutir a necessidade de dose de reforço nos já imunizados.

Fica a dica.

No Brasil:

Registro de mortes ontem: 754

Total de mortes: 525.229

Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 1.575

Casos confirmados em 24 horas: 25.796

Casos acumulados na pandemia: 18.792.076

Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 49.237

Casos ativos: 1,598 milhão

170 dias de campanha geral e 151 segunda dose ou dose única.

  • pessoas vacinadas ao menos uma dose: 77,487 milhões (36,59% da pop.)
  • imunizadas: 27,365 milhões (12,96% da pop.), 895 mil em dose única.

No mundo:

Casos: 185,2 milhões

Óbitos: 4.003.600

1º – EUA: 621,3 mil

2º – Brasil: 525,2 mil

3º – Índia: 403,7 mil

4º – México: 233,7 mil

5º – Peru: 193,4 mil

6º – Rússia: 139,3 mil
(SP: 129.675)

7º – Reino Unido: 128,2 mil

Dados JHU (Johns Hopkins University).

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