O Terrorismo de Estado de Bolsonaro e a Defesa da CoronaVac: Uma Análise Crítica

O Brasil segue lidando com os efeitos devastadores da pandemia de Covid-19, enquanto o discurso do presidente Jair Bolsonaro descredita a vacinação, especialmente a CoronaVac, em um claro exemplo de desinformação e terrorismo de estado.

Na live de quinta-feira, o presidente Bolsonaro mais uma vez recorreu ao seu discurso habitual, repleto de mentiras e distorções, para atacar a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. Ele distorceu e descontextualizou uma fala do diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, sobre a variante Delta do coronavírus. A fala de Tedros, que alertava para a disseminação da variante Delta em populações vacinadas, foi interpretada por Bolsonaro de maneira a sugerir que a vacina não teria funcionado. Entretanto, a verdadeira preocupação da OMS é com as medidas de flexibilização apressadas, que não consideram a maior contagiosidade da variante.

O diretor da OMS, na verdade, falava da situação na Europa, onde a variante Delta tem se espalhado em países que não utilizam a CoronaVac. A vacinação, especialmente a segunda dose, é reconhecida como um fator crucial para reduzir o impacto da pandemia. A OMS também alerta sobre a possibilidade de combinar diferentes tipos de vacinas e a necessidade de avaliar a viabilidade de uma terceira dose.

Em contrapartida, no Brasil, dados científicos apontam que a vacinação tem mostrado resultados positivos. O infectologista Julio Croda, da Fiocruz, afirmou que a diminuição significativa das mortes pode ser atribuída à vacinação, principalmente entre a população idosa. As mortes entre idosos caíram drasticamente, e a vacina majoritariamente aplicada nesse grupo foi a CoronaVac, refutando as alegações infundadas de Bolsonaro.

Enquanto isso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, parece mais preocupado com a liberação de grandes eventos, prometendo protocolos para garantir aglomerações, ao invés de se concentrar em medidas eficazes de combate à pandemia. Sua declaração de que a pandemia estaria “quase controlada” é um equívoco, já que as taxas de contágio e o número de casos ativos ainda estão longe de uma situação controlada. O Brasil segue em uma trajetória preocupante, com variantes mais agressivas como a Delta em circulação, e a falta de vigilância genômica adequada aumenta o risco de novas cepas.

Embora a vacinação seja um fator importante para a melhoria das condições no país, sem o apoio de medidas de isolamento e outras intervenções não farmacológicas, o controle total da pandemia ainda é uma meta distante. A falta de empenho do governo em garantir a compra de vacinas no tempo devido resultou em milhares de vidas perdidas, um custo humano irreparável.

Bolsonaro, ao atacar a CoronaVac e alimentar a desinformação, continua a contribuir para o atraso no processo de vacinação, sem considerar o impacto devastador de suas palavras. Seu discurso de ódio e mentiras resulta em uma população que hesita em se vacinar, desorganizando ainda mais o programa de imunização.

Hoje, com 522.068 mortes registradas no Brasil e mais de 18 milhões de casos confirmados, o cenário ainda é grave. Enquanto isso, o mundo já soma 3.979.100 óbitos, com os Estados Unidos liderando o ranking. No Brasil, a vacinação avançou, mas a cobertura ainda é insuficiente, com apenas 12,67% da população imunizada com a segunda dose ou dose única.

O que se espera agora é um movimento de mudança, como o “Fora Bolsonaro”, que visa a pressão popular para afastar um governo que tem se mostrado omisso e destrutivo no combate à pandemia. O risco do vírus continua, mas o maior risco é a continuidade de um governo genocida que ainda manipula a realidade em busca de poder. A luta por uma vacina segura e eficaz, para todos, é urgente.

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