O governo Bolsonaro continua sendo um exemplo de negligência e corrupção, que são responsáveis pela morte de milhares de brasileiros. A pandemia se tornou não apenas um desafio sanitário, mas também uma oportunidade para a corrupção, em que a demora na vacinação e o superfaturamento de vacinas agravam ainda mais a situação.
Nos últimos meses, o Brasil se viu envolvido em uma série de escândalos que envolvem a compra de vacinas, onde o superfaturamento, as tentativas de desvio de recursos e a corrupção passaram a ser elementos centrais no contexto da pandemia. Entre os escândalos mais recentes, estão o caso da Bharat Biotec, que tentou fazer pagamentos adiantados para paraísos fiscais, a CanSino, ligada a atravessadores e políticos como Ricardo Barros, e, mais recentemente, a tentativa de aumento ilegal no preço das doses da AstraZeneca, com o intuito de desviar recursos como propina. Estes episódios de corrupção estão intimamente ligados ao genocídio, onde a estratégia de atrasar a aquisição de vacinas foi usada para gerar uma urgência, permitindo que o processo fosse facilitado pela corrupção.
Enquanto o governo falhava em adquirir imunizantes nos prazos corretos, milhões de brasileiros continuavam à mercê do vírus, sem proteção. Por outro lado, uma boa notícia parecia surgir com a doação de 3 milhões de doses da Janssen pelos Estados Unidos, no entanto, cinco dias após a chegada, as vacinas ainda não haviam sido distribuídas aos estados. Pior ainda, a ANVISA não recebeu toda a documentação necessária para garantir a segurança das vacinas, deixando o processo de liberação parado. A grande pergunta é: como um lote de 947 mil doses foi enviado para análise, mas as 2,053 milhões de doses restantes, que chegaram no mesmo período, ainda não foram? Essa ineficiência demonstra uma verdadeira falta de compromisso com a vida da população.
O atraso de mais de uma semana entre a chegada da vacina e sua distribuição é inaceitável. Estamos falando de vidas que poderiam ser salvas, mas estão sendo postergadas por um sistema ineficiente, que parece não entender a urgência de se agir de forma rápida e eficaz. O que poderia ser uma simples operação de guerra, com plantões nos finais de semana e uma articulação rápida entre os órgãos envolvidos, se transforma em mais uma demonstração de indiferença com a vida dos cidadãos. O atraso nas vacinas custa vidas, com centenas de milhares de pessoas infectadas a cada semana e milhares de mortes evitáveis.
A lógica de causa e efeito é clara, mas muitos não conseguem entender a complexidade do processo. Embora nem todos os vacinados adoecerão, ou mesmo serão infectados, os que adoecerem sem a vacina terão muito mais chances de morrer. Portanto, cada dia de atraso nas vacinas contribui diretamente para o número de mortes que poderíamos evitar. É como se o antídoto para um veneno chegasse, mas fosse guardado no depósito por mais uma semana. Isso não é apenas ineficiência, é brincar com a vida das pessoas.
Enquanto o Brasil continua a viver esse pesadelo, com números alarmantes de mortos e infectados, o governo Bolsonaro se revela como um agente de morte, ao lado da corrupção que alimenta a incompetência. A cada escândalo, o governo se afasta mais de uma gestão responsável e ética, e os brasileiros continuam a pagar com suas vidas. Não podemos mais aceitar essa realidade. Cada vida perdida é uma consequência direta dessa gestão genocida, que se apoia na corrupção para continuar em poder.
Dados sobre a pandemia no Brasil e no mundo:
- Brasil:
- Mortes hoje: 2.127
- Total de mortes: 518.246
- Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 1.572
- Casos confirmados em 24 horas: 47.038
- Casos acumulados: 18.559.164
- Casos ativos: 1,742 milhão
- Pessoas vacinadas ao menos com uma dose: 73,569 milhões (34,74% da população)
- Imunizados: 26,269 milhões (12,41% da população)
- Mundo:
- Casos: 182,9 milhões
- Óbitos: 3.960.900
- 1º EUA: 620,2 mil
- 2º Brasil: 518,2 mil
- 3º Índia: 399,5 mil
- 4º México: 232,8 mil
- 5º Peru: 192,3 mil
- 6º Rússia: 135,2 mil
- 7º Reino Unido: 128,1 mil
Esses números não são apenas estatísticas, são vidas, e cada uma delas deveria ter sido preservada se não fosse pela ineficiência e corrupção na gestão da crise. O Brasil e o mundo merecem mais do que promessas vazias e gestões irresponsáveis.