Somente para a gente não esquecer. Considerando o período do início da pandemia até quando, depois do pico e do platô, chegarmos à menor média móvel de mortes, o que aconteceu em 11 de novembro (322 de média móvel), foram 240 dias, podemos chamar da primeira onda da doença, reconhecendo a imprecisão do termo.
Nesse período foram registradas 163.430 mortes pela Covid-19. De lá para cá, são 230 dias, em que registramos 352.681 mortes, mais que o dobro do que no primeiro período.
Ressalto isso para lembrar que foram 8 meses de pandemia em que vivenciamos o início dos casos e mortes, uma subida dos números até mais moderado, comparando com o que ocorria na Europa e EUA, depois um platô, ou seja, não tivemos uma diminuição aguda de casos e óbitos, também nos diferenciando de EUA, Itália e Reino Unido, por exemplo.
Diferenças que não nos favorecem, pois as medidas de isolamento aqui sempre foram fracas e descoordenadas e o lockdown (confinamento mais radical, trancado em casa) nunca existiu entre nós, salvo casos isolados e raros.
Em vez de aprendizado, descompassos e disputas inúteis, melhor, úteis para quem de fato apostou na imunidade de rebanho como corolário do negacionismo.
Poderíamos, pois já seria plenamente possível, termos vacinas em dezembro, mas não. Iniciamos a vacinação em janeiro, mas a passo de cágado e hoje temos somente 12,3% de pessoas imunizadas.
Testes, rastreamento de contato, isolamento, distribuição de máscaras em massa, EPI de qualidade para trabalhadoras da saúde, campanhas de elucidação e mobilização contra o vírus, auxílio emergencial e políticas de apoio a setores empresariais para aumentar o isolamento social e manter a economia mais protegida, estão entre as principais ações em curso em muitos países que determinaram o sucesso no controle da pandemia.
Aqui se perdeu tempo e vidas, muitas vidas. Se perdeu saúde, com milhões de sequelados que os negacionistas gostam de comemorar como ‘’curados”. Aqui se perdeu a oportunidade de agir, preferindo-se discussões sobre tratamento precoce.
Se desperdiçou recursos com pesquisas inúteis sobre cloroquina e pior, gastou-se muito fabricando e distribuindo, como disse um escroto bajulador de Bolsonaro, forrando o país de cloroquina, com apoio de médicos capturados pelo negacionismo e apoiados pelo CFM.
No Brasil:
Registro de mortes hoje: 1.917
Total de mortes: 516.119
Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 1.603
Casos confirmados em 24 horas: 64.706
Casos acumulados na pandemia: 18.512.126
Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 65.070
Casos ativos: 1,724 milhão
164 dias de campanha:
- Pessoas vacinadas ao menos uma dose: 72,535 milhões (34,25% da pop.)
- Imunizadas, 145 dias: 25,988 milhões (12,27% da pop.), 431 mil em dose única.
No mundo:
Casos: 182,4 milhões
Óbitos: 3.949.600
1º – EUA: 619,8 mil
2º – Brasil: 515,2 mil
3º – Índia: 398,4 mil
4º – México: 232,6 mil
5º – Peru: 192,2 mil
6º – Rússia: 134,5 mil
7º – Reino Unido: 128,1 mil
Dados JHU (Johns Hopkins University).