O jovem de 22 anos foi brutalmente morto em Embu das Artes, durante o mês do Orgulho LGBTQIA+, gerando comoção e pedidos de justiça nas redes sociais.
Em uma tarde de terça-feira (22), o bairro Jardim Pirajussara em Embu das Artes foi palco de uma tragédia que comoveu a comunidade LGBTQIA+ e gerou indignação em todo o Brasil. Gabriel Garcia, um jovem de 22 anos, foi morto a tiros enquanto aguardava para cortar o cabelo em uma barbearia. O crime aconteceu de forma brutal e covarde: um homem encapuzado e armado se aproximou de Gabriel, que estava sentado de costas, e disparou três tiros na cabeça da vítima, fugindo em seguida sem roubar nada do estabelecimento. O caso foi registrado como homicídio pela polícia civil, que investiga a motivação do crime.
De acordo com o registro policial, o criminoso se aproximou de Gabriel, que estava de costas e sentado na cadeira da barbearia, enquanto esperava para cortar o cabelo. Em seguida, o homem atirou pelo menos três vezes na cabeça do jovem, a sangue frio e fugiu sem levar nada da vítima ou do salão.
A suspeita de homofobia, levantada pelos familiares de Gabriel, ganha força diante das circunstâncias e do contexto em que o crime ocorreu. A mãe, o irmão e o namorado do jovem acreditam que a motivação para a execução esteja relacionada ao fato de Gabriel ser um homem abertamente gay. Nas redes sociais, o namorado de Gabriel desabafou sobre a dor da perda, lembrando dos momentos que compartilhavam juntos e dos sonhos interrompidos pela violência. “Me dói ver que seus sonhos foram interrompidos, uma pessoa cheia de vontade de viver”, escreveu ele.
Criminoso fugiu, a polícia civil investiga caso como homicídio.
Gabriel foi executado por um homem encapuzado e armado que invadiu o salão, que fica na Rua Gaurama, no bairro Pirajussara, segundo o boletim de ocorrência registrado na delegacia da cidade. O crime foi cometido por volta das 18h.
O seu namorado escreveu nas redes: “com muita dor no peito e tristeza e me dói de mais saber que não ouvirei mais sua voz, nem ler sua mensagem de bom dia ou acorda do seu lado dando aquele abraço quentinho e cheio de amor. Me dói mais ver que seus sonhos foram interrompidos, uma pessoa cheia de vontade viver”.
Essa história de mais uma vítima de homofobia, é lamentável. A morte brutal do jovem operadora de telemarketing Gabriel Carvalho Garcia de 22 anos, essa fatalidade ocorreu justamente durante o mês do Orgulho LGBTQIA+ e mobilizou as redes sociais que pedem “justiça” e “punição” ao assassino dele, que não havia sido identificado até a última atualização desta reportagem.
O Gabriel Carvalho , um menino de apenas 22 anos, assassinado com 3 tiros numa barbearia enquanto esperava pra cortar o cabelo. O assassino não queria saber dos seus pertences e nem sequer das outras pessoas dentro do estabelecimento. Ou seja: algo no Gabriel o incomodava. Mas o que?
Os familiares suspeitaram de homofobia e, no fundo, sabemos que é. Por que quem é gay hora ou outra tem que se deparar com preconceito. Seja dentro de casa, seja nas ruas, seja de um presidente amargurado. Muitos abrem a boca pra dizer que queremos ser privilegiados, outros dizem que recebemos menos preconceito que outras minorias por sermos mais “passáveis e termos mais visibilidade” (?). Mas na real estamos todos no mesmo barco tentando não cair nesse mar de preconceito que vivemos.
Somos a cidade da arte, cultura e inovação. E não a cidade da homofobia, do desrespeito, da intolerância e da morte. Não podemos permitir que nossa cidade seja palco dessa atrocidade sem punição, sem saber a verdade.
Leia na íntegra verá a mensagem do namorado de Gabriel:
“Esse aqui é o Gabriel com 22 anos, meu namorado, meu melhor amigo, o amor da minha vida, estamos juntos ah quase três anos, e nessa jornada durante a pandemia, ficamos sem emprego, as contas bateu na porta, pedimos doações e aguentamos até onde daria, só que chegou o dia que não tínhamos mais como segurar as pontas e cada um foi pra casa de sua mãe. Recentemente ah duas semanas Gabriel consegui emprego, fiquei tão feliz por ele, que os olhos dele enchia de lágrima, contando seus sonhos, e um deles era da gente voltar a ter nosso lar, pra ficar juntinho todos os dias.
E a quatro dias fui contratado, foi a melhor notícia que tivemos e já começamos a fazer nossos planos de quando iríamos pra nossa casinha e nessa Terça-feira ele foi assasinado a sangue frio com três tiros na cabeça, dentro de uma barbearia em EMBU DAS ARTES, mataram ele, pelo oque ele é, por ele ser feliz, por ele amar, uma pessoa de coração puro, que não tinha maldade com ninguém, sempre estendia a mão para ajudar o próximo, e hoje tive que ser Obrigado a me despedir do amor da minha vida, com muita dor no peito e tristeza e me dói de mais saber que não ouvirei mais sua voz, nem ler sua mensagem de bom dia ou acorda do seu lado dando aquele abraço quentinho e cheio de amor. Me doi mais ver que seus sonhos foram interrompidos, uma pessoa cheia de vontade viver. Eu te amarei pra sempre e sempre estará no meu coração, lembrando de cada pedacinho da nossa história”. parem de nós matar, EU SÓ PEÇO JUSTIÇA
via @yes_dadddy

O assassinato de Gabriel, que ocorreu durante o mês de celebração do Orgulho LGBTQIA+, tem gerado revolta e mobilizado a população, que clama por justiça e punição ao responsável pela morte do jovem. “Parem de nos matar, EU SÓ PEÇO JUSTIÇA”, escreveu o namorado de Gabriel em uma emocionante mensagem que compartilhou nas redes sociais. Muitos questionam o que levou um homem a tirar a vida de Gabriel de forma tão cruel, já que o assassino não se interessou pelos pertences da vítima e nem mesmo pelas outras pessoas presentes no local.
A sociedade continua a refletir sobre os crescentes casos de violência e intolerância contra a comunidade LGBTQIA+, uma realidade que persiste, mesmo em um país que se considera diverso e plural. Gabriel, que estava apenas começando a reconstruir sua vida, conseguiu recentemente um emprego e sonhava em retomar sua rotina ao lado do namorado. A morte prematura interrompeu esses planos e deixou uma família e uma comunidade em luto.
Com esse crime, a cidade de São Paulo e o país como um todo são lembrados da urgência em combater a homofobia e outras formas de discriminação. A luta pela igualdade, respeito e justiça para todos é mais do que necessária, é vital.