O povo nas ruas e se quem não é negacionista faz isso, é porque mais mortal é a política de morte em curso

Os números da violência de estado são estarrecedores. Passamos os 500 mil mortos com sobra (500,9 mil), com subida da média móvel de óbitos e de casos, com recorde de toda a pandemia de casos ativos da doença (1.640.000). É o retrato do caos de hoje, que aponta definitivamente para uma piora nos próximos dias.

Tudo isso fruto do fracasso estrondoso do combate à pandemia, melhor dizendo, do sucesso do negacionismo estruturado em ações programadas que, infelizmente, encontraram pouca e desarticulada resistência nas principais frentes:

● Isolamento social – são poucas as categorias profissionais e setores econômicos que seguem priorizando o trabalho remoto. Certamente poderiam ser mais e em algumas categorias, como bancários por exemplo, poderiam ser implementadas medidas que pudessem garantir menor exposição. Construção civil é outra categoria que poderia adotar medidas como a redução de atividades com jornadas menores. Certamente há outros exemplos.

● Máscaras – tem muita gente circulando sem máscara ou com uso incorreto e ainda com uso de máscaras de baixa qualidade ou estragadas pelo uso. Há baixa eficiência na fiscalização ou mesmo na orientação em lugares públicos. A experiência de fabricar (comprar) máscaras e distribuí-las à população ficou restrita a poucas prefeituras de municípios pequenos. Poderia haver distribuição em massa nos principais transportes de massa, melhorando muito a eficácia na proteção contra a transmissão.

● Lockdown – nunca se falou tanto em algo que quase nunca foi visto. Faltou e falta uma medida nacionalmente coordenada para interromper a taxa de transmissão. Sabemos que o que há é o oposto, um combate sistemático a qualquer medida mais forte de isolamento.

● Vacinação – 154 dias de campanha e os números são pífios, com 30% da população vacinada e 12% imunizada (2 doses). A planejada falta de vacinas é sem dúvida o problema central, mas há outros, como o desenho mal planejado desde o início que ensejou várias alterações descoordenadas que provocam perda de eficácia da imunização.

Ontem (19), muita gente saiu às ruas num ato desesperado, pois sabem que o vírus é perigoso. Saíram porque mais mortal ainda é a sequência da política de morte. São os que não querem ficar como alvos fixos enquanto o negacionismo e sua imunidade de rebanho fazem vítimas aos milhares todos os dias. Basta!

Vacina no braço, comida no prato. Isso só será possível com fora Bolsonaro.

No BRASIL

Registro de mortes: 2.247

Total de mortes: 500.868

Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 2.073

Casos confirmados em 24 horas: Casos acumulados na pandemia: 78.869

Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 72.007

Casos ativos: 1,640 milhão

154 dias de campanha, pessoas vacinadas ao menos uma dose: 62,706 milhões (29,61% da pop.)

Em segunda dose, 135 dias: 24,243 milhões de imunizados (11,45% da pop.)

No MUNDO Casos: 179 milhões

Óbitos: 3.877.600

1º – EUA: 617 mil

2º – Brasil: 500,9 mil

3º – Índia: 387,2 mil

4º – México: 231,2 mil

5º – Peru: 190,2 mil

6º – Rússia: 129,2 mil

7º – Reino Unido: 128 mil

Dados JHU (Johns Hopkins University).

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