Eu acreditava que o Bolsonarismo era simplesmente uma manifestação combinada de burrice com raiva reprimida; entretanto, lendo um artigo hoje, me convenci que esse conteúdo também inclui um traço masoquista temperado pela síndrome de Estocolmo. Explico.
Como entender que uma mulher vote em um político que a desmerece publicamente e defende que ela tenha um salário menor do que o do homem pelo fato dela engravidar? Ou então que justifique um estupro se a mulher for bonita?
Como entender que alguém pobre leve ao poder pessoas que vão lhe confiscar direitos trabalhistas, promover o achatamento de sua renda e concentrar riqueza nas mãos de quem já as tem?
Como entender que pessoas LGBTQ+ elejam um notório homofóbico que defende o castigo físico na infância como forma de consertar “gays” e que tenta a todo momento surrupiar direitos de cidadania duramente conquistados ao longo de décadas?
São mulheres, pobres e gays que colocaram seu opressor no poder. Típico caso do oprimido que se aliou ao opressor para empoderá-lo. Conheço muitos assim. Muitos.
Talvez um dia essa minoria escrava de si mesma acorde para ver o mal que fizeram a si mesmos e ao Brasil.