Acredito que nada mais expressa a banalidade do mal hoje em dia do que a noção de que a propagação de discurso de ódio e discriminação é “brincadeira”.
Sob risada, o agressor se diverte na superficialidade de sua ação, como quem não vê a violência da prática, e sob tal banalidade se pode tudo, inclusive assassinar em caso de questionamentos.
Capaz do assassino alegar legítima defesa, que se sentiu agredido quando a vítima de homofobia retrucou quando ouviu “gay tem que morrer”. Afinal, ele estava só brincando e deve ter sido muito ameaçador quando foi interpelado.
Para a homofobia gay bom é gay cordeiro e submisso, que acata discriminação como condição normal de sua existência.