Pandemia no Brasil – o anúncio é a de que teremos ainda menos vacinas do que o previsto

A grande mídia ainda cai (ou gosta de cair?) nas pegadinhas do negacionista sem-ilustrado, Queiroga, e saiu por aí divulgando a chegada de vacinas da Janssen que tem como característica ser um imunizante de dose única. As vacinas teriam prazo de validade até 27 de junho e se iniciou o debate de como se distribuir rapidamente para a vacina não vencer.

Qual é o problema? Primeiro é o contexto do anúncio que ficou encoberto pela discussão da eficiência da vacinação para o imunizante não ter o prazo de validade vencido. O contexto foi de um informe dado de pelo Ministério da Saúde de uma diminuição da previsão de chegada de novas vacinas de 52,2 para 39,8 milhões.

Como explicação para essa quebra de um anúncio para outro, o Ministério fala nos atrasos de envio dos insumos para a fabricação e de vacinas já prontas, aí vem o a notícia das vacinas Janssen e seu prazo de validade próximo de vencer.

Na CPI da Covid o ministro confirmou que o ministério espera uma autorização do órgão de vigilância norte-americano, nas suas palavras: “Quando o FDA der o posicionamento, aí a vacina pode vir. Naturalmente que se tardar esse posicionamento do FDA essas 3 milhões de doses podem não ser mais úteis para nós por conta da exiguidade do prazo”.

Como assim? É tudo no se. Se o FDA autorizar, se der tempo, se não chover diria minha vó. Um ministro de estado, em meio à pandemia que ontem (09) registrou mais 2,5 mil novas mortes, anuncia algo sobre o qual não tem controle nenhum. E apesar das condicionantes, os principais sites de notícias anunciaram como fato, o G1, por exemplo, deu “Brasil receberá (?) vacina da Janssen com prazo de validade até 27 de junho”.

Mas hoje a coisa piorou, a previsão de vacinas para junho diminuiu para 37,9, pois somente metade das vacinas AstraZeneca do consórcio Covax Facility chegará, a outra metade fica para julho. Fato é menos vacinas, novas vacinas é pura elucubração.

Enquanto isso, os EUA anunciaram que vão distribuir 500 milhões de vacinas para países pobres e listaram mais de 90. O Brasil fica de fora, pois é considerado um país que pode comprar vacinas. Pode, mas não quer.

Não quer vacinas, mas quer decreto liberando uso de máscara. Foi o que Bolsonaro disse hoje, que Queiroga vai fazer parecer respaldando a não obrigatoriedade. O chefe manda, a gente obedece, não é ministro?

NO BRASIL

Registro de mortes hoje: 2.344

Total de mortes: 482.135

Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 1.764

Casos confirmados em 24 horas: 89.802

Casos acumulados na pandemia: 17.215.159

Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 59.151

Casos ativos: 1,489 milhão

Em 145 dias de campanha, pessoas vacinadas: 52,791 milhões (24,93% da pop.)

Em segunda dose, 126 dias: 23,521 milhões de imunizados (11,11% da pop.)

NO MUNDO

Casos: 176,2 milhões

Óbitos: 3.795.300

1º – E U A: 613,9 mil

2º – Brasil: 482,1 mil

3º – Índia: 363,1 mil

4º – México: 229,4 mil

5º – Peru: 187,5 mil

6º – Reino Unido: 128,1 mil

7º – Itália: 126,9 mil

Dados JHU (Johns Hopkins University).

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