Num cenário onde a ignorância e os estereótipos ainda dominam o debate sobre a homossexualidade, é fundamental esclarecer os principais mitos que cercam essa identidade e ajudar a promover uma compreensão mais verdadeira e inclusiva.

Muitas pessoas se comportam como se fossem especialistas em homossexualidade, falando sobre ela sem realmente compreendê-la. Outros, mais tímidos, evitam até mesmo tocar no assunto, como se fosse um tabu ou um “assunto polêmico”. Há também aqueles que repetem o que ouviram sem questionar, propagando mitos e distorções. Mas talvez o comentário mais comum e absurdo seja aquele em que alguém pergunta: “E qual de vocês é a mulher?”, como se um relacionamento homoafetivo precisasse seguir um modelo heteronormativo.
Esta e outras perguntas evidenciam o desconhecimento sobre o que realmente significa ser gay, alimentando preconceitos e gerando desinformação. Por isso, é essencial desmistificar alguns desses mitos, para que a sociedade possa avançar na compreensão da diversidade sexual.
“Usar o mesmo rótulo para classificar algo ou alguém é como dedicar a mesma música a pessoas diferentes. E, neste caso, a rotulagem baseada no preconceito, na ignorância e nos clichês absurdos, é uma doença que requer uma cura urgente”.
AVISO: as linhas a seguir podem conter verdades explícitas, então se você é um fanático religioso, um mórmon obstinado, um cristão obstinado, um padre ou o Papa (como está sua santidade? É bom tê-lo por aqui) … não se preocupe, você ainda pode ler, então vou ajudá-lo a esclarecer alguns mitos e a ter a mente mais aberta. Aleluia!
Mito 1: Homossexuais se atraem por todos os homens
Contrário ao que muitos pensam, um homossexual é tão seletivo quanto qualquer pessoa em relação ao seu parceiro. A atração não é generalizada, e isso reflete um gosto pessoal e uma afinidade por características que vão além da simples orientação sexual.
Mito 2: Todos os gays são amigos das mulheres
A ideia de que um amigo gay é sempre o confidente ou conselheiro de moda é reducionista. Embora existam homens gays que se identifiquem com estereótipos afeminados, não é isso que define a amizade ou os vínculos afetivos dentro da comunidade gay.
Mito 3: Gays sabem tudo sobre moda e maquiagem
Embora alguns gays possam ter interesse por moda, maquiagem ou design, isso não é uma regra. A orientação sexual não tem nada a ver com a expertise em áreas como essas, que dependem de interesses pessoais, e não de identidade sexual.
Mito 4: Homens que se cuidam são gays
Cuidar da aparência física não é exclusividade de nenhum grupo sexual. Há muitos homens heterossexuais que se preocupam com sua aparência, assim como há gays que não se importam com isso. A higiene e autoestima são questões universais.
Mito 5: Todo relacionamento homoafetivo tem alguém no papel de “mulher”
A ideia de que deve haver uma divisão de papéis tradicional de gênero dentro de um relacionamento gay é um equívoco. O que define os relacionamentos homoafetivos é a dinâmica entre os parceiros, que não se limita a um modelo de dominação ou submissão baseado no gênero.
“Não se deixem enganar, crianças. Uma mentira de que um homofóbico é um gay enrustido. Homofobia é uma questão de ideologias erradas, crenças absurdas, más maneiras e poucos princípios. De nada.”
Mito 6: Homossexuais podem transformar um heterossexual
A ideia de que um homossexual pode “converter” um heterossexual é completamente infundada. A orientação sexual é uma característica profundamente pessoal e não pode ser alterada por influência externa. A curiosidade sexual pode ocorrer, mas isso não é responsabilidade de ninguém além da própria pessoa.
Mito 7: Todos os gays são promíscuos
A ideia de que todos os gays têm uma vida sexual promíscua é baseada em preconceitos infundados. A vida sexual de qualquer pessoa, independentemente de sua orientação, deve ser respeitada. O importante é que as relações sejam consensuais e responsáveis, e isso se aplica tanto a heterossexuais quanto a homossexuais.

Mito 8: Homossexuais são infiéis
A infidelidade não está atrelada à orientação sexual. A lealdade é uma questão de caráter e compromisso, que transcende qualquer grupo social ou identidade sexual. A ideia de que homossexuais são mais propensos à infidelidade é uma visão errada e baseada em estereótipos.
Mito do Pilão: Homofóbicos são gays enrustidos
Embora seja comum se ouvir que homofóbicos escondem sua própria homossexualidade, a homofobia é um reflexo de ideologias conservadoras, educação rígida e falta de respeito à diversidade. A orientação sexual de um indivíduo não está diretamente ligada ao seu comportamento preconceituoso.
Desculpe se você já tinha imaginado uma oportunidade remota com aquela morena sensual homofóbica, mas não. Homofobia é uma questão que tem a ver com ideologias, educação, princípios e valores humanos, não com preferências ocultas. Caso contrário, meu avô seria gay — embora fosse divertido hahaha -.
E depois de desfrutar desta pequena e saborosa aula sobre mitologia gay, eu penso que algumas crenças foram desmistificadas — desnecessário dizer um absurdo — sobre o que é ser gay.
Como eu sempre disse: ser homossexual não é cair em estereótipos e cânones, nem é viver com medo. Ser homossexual é um sinal de que a diversidade existe em toda a criação do cosmos que não tem limites, por isso, entretanto, devemos vivê-la e aproveitá-la, porque pode ser que na próxima vida, não nasceremos homossexuais e que se nós Eu ficaria com medo.
Esses mitos são apenas a ponta do iceberg quando se trata de desinformação sobre a homossexualidade. Como é fundamental viver a diversidade sem medo, sem vergonha e sem a necessidade de se encaixar em moldes impostos pela sociedade, a reflexão sobre esses mitos é essencial para a construção de um ambiente mais inclusivo e respeitador. Ser gay não é uma questão de estereótipos ou padrões; é, acima de tudo, sobre viver a verdade de quem somos, sem medo de sermos julgados.