Minas Gerais está entre os estados que mais sofreram com a segunda onda da pandemia. Em final de janeiro deste ano tinha a menor taxa de mortalidade (mortos por 100 mil habitantes) do país, 64,8/100M. Maranhão, na época o segundo melhor índice, tinha 65,2/100M.
Para se ter o parâmetro de quanto piorou, hoje Minas tem apenas o 11º melhor índice, com 196/100M, enquanto Maranhão tem 116/100M, sendo agora a menor taxa de mortalidade do país. O total de mortes em Minas ultrapassou 41,4 mil. Mas tem outras más notícias, como a da média móvel de óbitos em quase 200 e a média móvel de novos casos subindo há 30 dias consecutivamente.
Frente a esses dados, Minas resolveu endurecer o controle, amentando o rigor da chamada Onda Vermelha, que é uma das fases (a mais restritiva) de protocolos de controle aplicadas nas diversas regiões sanitárias do estado. As novas normas preveem a restrição ao funcionamento de bares e a fechamento das academias.
Também fecham clubes e salões de beleza. Em bares e restaurantes, o consumo in loco é até às 19h e depois só entrega em domicílio. Tudo por orientação do Comitê Extraordinário instituído para análise e ações de combate ao coronavírus.
Com atraso ou não, Minas faz a coisa no rumo certo, se na intensidade e tempestividade correta, saberemos no futuro. Mas já sabemos que perdeu a porteira de oportunidade quando foi o estado que por 11 meses teve a mais lenta evolução da pandemia.
Condições geográficas e de isolamento de municípios, além de medidas corretas de vigilância sanitária de muitas cidades (destaque para Cedro do Abaete e Bonito de Minas), fizeram com que Minas ainda seja o estado que ainda tem o maior número de cidades sem nenhum óbito.
Faltou, penso eu, um comitê extraordinário para coordenar ações que criasse um verdadeiro cinturão de municípios livres da Covid-19, divulgando e replicando experiências exitosas, além, por obvio, de sustentar técnica e economicamente as iniciativas.
Falo de Minas Gerais, mas essa deveria ser uma das ações coordenada nacionalmente pelo Ministério da Saúde, mas nada disso foi feito. Ao contrário, como comprovam os depoimentos de CPI da Pandemia e um vídeo obsceno que circulou hoje, o que se implementou foi um Ministério do Vírus, liderado por Osmar Terra. Um gabinete paralelo e secreto, que coordenou a propagação de cloroquina e a decisão de retardar ao máximo a compra de vacinas, numa espécie de blitzkrieg pandêmica. Coisa de CRIMINOSOS.
Obs.: Os dados de óbitos e casos novos seguramente foram afetados pelo feriado de ontem, o que é rotineiro desde o início da pandemia.
NO BRASIL
Registro de mortes hoje: 1.184
Total de mortes: 470.968
Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 1.685
Casos confirmados em 24 horas: 40.852
Casos acumulados na pandemia: 16.841.954
Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 64.185
Casos ativos: 1,506 milhão
Em 139 dias de campanha, pessoas vacinadas: 48,662 milhões (22,98% da pop.)
Em segunda dose, 120 dias: 22,904 milhões de imunizados (10,82% da pop.)
NO MUNDO
Casos: 173,9 milhões
Óbitos: 3.734.000
1º – E U A: 612,2 mil
2º – Brasil: 470,8 mil
3º – Índia: 344,1 mil
4º – México: 228,4 mil
5º – Peru: 185,3 mil
6º – Reino Unido: 128,1 mil
7º – Itália: 126,4 mil
Dados JHU (Johns Hopkins University).