Brasil ultrapassa Itália em número de mortes proporcionalmente à população

Chagamos à marca de 207 óbitos por 100 mil habitantes enquanto a Itália registrou 206/100M. A Itália estava com taxa superior à nossa desde 19 de novembro quando registramos 79,1/100M e a Itália 79,2/100M. Novembro foi o mês em que o Brasil registrou os menores números depois do pico da primeira onda e, na contramão, a Europa já vivia a segunda onda de forma intensa.

Com a piora explosiva de nossos índices a partir de meados de fevereiro, fomos galgando infelizes recordes. Em 19 de março passamos a França, 09 de abril a Espanha, 29 de abril o Reino Unido e 18 de maio a Itália. Há um dado interessante nesses casos que é o fato de que passamos esses países muito mais pela piora explosiva de nossos índices do que pela melhora deles, exceto o Reino Unido que com vacinação em ritmo elevado e com medidas de isolamento drásticas, derrubou seus índices de forma contundente.

Quanta à campanha de vacinação, a Itália não chega a ser um caso de sucesso, mas mantem um ritmo com extrema regularidade, ao contrário da nossa montanha russa dos dados diários. O fato é que a diferença do número de vacinados e de pessoas já imunizadas proporcionalmente à população entre Brasil e Itália vem crescendo significativamente.

Em 14 de abril a Itália tinha vacinado 40% mais que o Brasil, proporcionalmente à população e ontem essa diferença já tinha subido para 87%. Vacinamos perto de 18% e a Itália perto de 33% da população. E isso também ajuda explicar o fato de ultrapassarmos os italianos em mortes por 100 mil habitantes.

Importante considerar que somente 10 países tem taxa de mortes por 100 mil maiores que a brasileira, todos “pequenos” com população menor que 12 milhões de habitantes.

Em dia de CPI com Pazuello, o general da derrota, somente vou resgatar o que escrevi há exato um ano, dia 19 de maio de 2020. Segue com as devidas aspas”

“A segunda notícia do front é que Pazuello (o falso interino) nomeia numa só quartelada 9 militares para o Ministério da Saúde. Já eram 3, incluindo o próprio, e agora são 12 milicos cujo critério técnico é o conhecimento, experiência e comprovada expertise de … serem milicos. É a nova meritocracia.
(…) cada dia mais as FFAA se comportam como força de ocupação e quero ver tirá-los de lá depois de criarem enraizamento, pois a rede que se cria abaixo, entre cargos menores, terceirizados e fornecedores estratégicos (nome militarizado para os apadrinhados) é enorme, fora a boa e velha corrupção. E que ninguém se iluda, a ocupação militar do Ministério da Saúde nada tem a ver com combater a pandemia (…)”

Os dados apontam estabilidade da média móvel de mortes e aumento da média móvel de casos, tendência desde final de abril. Os casos ativos permanecem com índice elevado.

 NO BRASIL
Registro de mortes hoje: 2.485
Total de mortes: 441.864
Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 1.944
Casos confirmados em 24 horas: 79.706
Casos acumulados na pandemia: 15.815.191
Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 64.786
Casos ativos: 1,385 milhão
Em 123 dias de campanha, pessoas vacinadas: 40,300 milhões (19,03% da pop.)
Em segunda dose, 104 dias: 19,950 milhões de imunizados (9,42% da pop.)

 NO MUNDO
Casos: 166,1 milhões
Óbitos: 3.438.000
1º – E U A: 601,9 mil
2º – Brasil: 441,9 mil
3º – Índia: 287,2 mil
4º – México: 220,7 mil
5º – Reino Unido: 128 mil
6º – Itália: 124,6 mil
7º – Rússia: 117 mil
Dados JHU (Johns Hopkins University).

É o que registra o diário de bordo.

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