CFM explica que médico não pode brincar de Menguele

Acabei de ver essa notícia no site G1 – Uso de cloroquina e hidroxicloroquina em nebulização é ‘procedimento experimental’ que depende de aprovação ética prévia, orienta CFM’. A matéria segue informando que o Conselho orienta que médicos não dissolvam comprimidos dos medicamentos para nebulização de pacientes, escreveu Lara Pinheiro do G1.

Trata-se de uma resolução do CFP / Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada no Diário Oficial de União, procedimento padrão de uma autarquia pública federal tornar pública e oficial suas resoluções. A resolução ainda estabelece que a nebulização é um “procedimento experimental”, portanto não podendo ser administrado a não ser regrado por protocolo de pesquisa devidamente registrada por Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculados ao Conselho Nacional de Saúde (CNS).

A Resolução nº 2.292/2021, de 11 de maio deste, informa aos médicos (as) que os comprimidos têm excipiente com diversas substâncias além do princípio ativo, por isso não basta macerar e diluir. As bulas têm sempre a indicação de “modo de usar”, “forma de administração” ou coisa semelhante.

A nota no site do conselho, 2 meses depois de notícias na imprensa, explica que “a decisão veio após o CFM se debruçar sobre aventada possibilidade de a apresentação inalada desses fármacos ser uma alternativa para reduzir o risco de eventos adversos e aumentar eficácia no tratamento contra a covid-19”.

Vamos aos problemas, não do pseudotratamento com o método bizarro (“menguélico”) de administração de uma droga que já é amplamente considerada como ineficaz ou perigosa, mas aos “furos” dessa estranha resolução. A começar pelo “se debruçar sobre a aventada possibilidade”. É assim, alguém aventa a possibilidade e o CFM se posiciona? O que o CFM esconde é que profissionais médicos ostensivamente praticam tal procedimento e fazem a defesa em mídia social e por outras mídias.

Oras bolas, se é procedimento irregular, não aprovado, o que se espera é acionamento de apuração em um processo ético. Mas aí vem o CFM já passando um pano, classificando a nebulização como “procedimento experimental”, o que é mentira, um absurdo completo, pois não há pesquisa aprovada, não há instituições desenvolvendo pesquisa e nem pacientes que autorizaram serem cobaias de nenhum estudo.

Se um médico resolve inocular de forma intramuscular um remédio cujo modo se usar que consta na bula fazer gargarejo, o CFP vai considerar imperícia, erro médico ou “pesquisa”. Lembrei de quando era criança que roubei todos os remédios que tinha em casa, xaropes, comprimidos, pastilhas e misturei tudo e usei (…), calma, para matar formigas do quintal.

Outra coisa incrível é o CFM ter que explicar para a categoria o que é o excipiente de um medicamento e que não se deve brincar de moer, diluir e nebulizar. Assustador que se trate toda uma categoria como néscios somente para camuflar o erro que cometeram de incentivar o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina com a conversa mole de liberdade de escolha do melhor tratamento pelo profissional. Agora tem que vir à público, mas dirigindo-se aos profissionais, explicando o que é CEP, CONEP, pesquisa e comprimido. E o problema é a formação dos médicos cubanos.

O que o CFM acabou fazendo, querendo ou não, foi dar mais uma sobrevida à cloroquina, pois em vez de ir direto ao ponto, de que é droga perigosa, diz somente que não é para nebulizar. Insisto, é o princípio ativo que não atua positivamente em nenhum quadro da Covid-19, e não somente o “engano” no método de administrar o fármaco.

Enquanto isso, a média móvel de mortes segue a tendência de queda que se iniciou em 01 de maio. Ainda em índice altíssimo, quase o dobro das piores médias da primeira onda da pandemia. a média móvel de casos segue subindo discretamente enquanto a média de vacinação cai pela metade do que foi há quinze dias.

O atraso no recebimento do IFA pelo Butantan para a CoronaVac deverá piorar ainda mais o ritmo da vacinação. o Butantan já informou que paralisou a produção no aguardo do insumo que vem da China. Evidente que declarações de Bolsonaro e Guedes, acusando a China a produzir o vírus em laboratório e promover guerra bacteriológica não credencia o governo para atuar diplomaticamente pelo envio urgente de insumos. O plano de espalhar o vírus desse governo genocida segue firme.

NO BRASIL
Registro de mortes hoje: 2.340
Total de mortes: 430.596
Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 1.917
Casos confirmados em 24 horas: 75.141
Casos acumulados na pandemia: 15.436.827
Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 61.115
Casos ativos: 1,384 milhão
Em 117 dias de campanha, pessoas vacinadas: 37,750 milhões (17,83% da pop.)
Em segunda dose, 98 dias: 18,820 milhões de imunizados (8,89% da pop.)

NO MUNDO
Casos: 162,4 milhões
Óbitos: 3.365.300
1º – E U A: 598,5 mil
2º – Brasil: 430,6 mil
3º – Índia: 262,3 mil
4º – México: 219,6 mil
5º – Reino Unido: 127,9 mil
6º – Itália: 123,7 mil
7º – Rússia: 114,7 mil
Dados JHU (Johns Hopkins University).

É o que registra o diário de bordo.

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