Abril já é o mês mais mortal

Minas Gerais registrou hoje (24/04) 493 mortes pela Covid-19, sendo o segundo maior número de óbitos em um dia, só perdendo para o registro 7 de abril, quando foram registradas 508 mortes. Seguindo comas notícias de Minas topei com esta manchete “Shoppings, bares e restaurantes podem abrir em mais de 220 cidades de Minas a partir de hoje (24/04). A notícia informava que agora seriam mais 220 municípios avançado para a Onda Vermelha, mais flexível em relação à fase roxa.

Há uma evidente contradição entre as notícias de recorde de óbitos e 220 cidades a mais liberando shoppings. Principalmente quando se presta atenção à expressão “mais 220”. A quantas cidades se somariam essas 220? Pesquisei e descobri que agora 796 cidades saíram da fase roxa e somente permanecem 57 dos 853 municípios mineiros. Ou seja, recorde de mortes e também de flexibilização. Contas que não fecham.

Como não se fecham algumas bocas. Quem poderia formular uma declaração como a que segue? “O presidente é excelente comunicador e tem uma maneira própria de se comunicar com a população brasileira. (…) O presidente é o maior ativo do enfrentamento à pandemia”. A resposta é … Marcelo Queiroga.

Como escrevi ontem, Queiroga faz tratamento precoce para manter seu emprego ao qual parece mais apegado que o próprio Pazuello. Entre as drogas do tratamento profilático para manter o cargo estão o protocolo “orientando” uso de cloroquina e altas doses de bajulação ao chefe.

Eu diria que Bolsonaro tem uma sim uma maneira própria de comunicar-se com a população, matando-a. E é sim um ativo genocida ou genocida ativo da pandemia.

Em mais uma demonstração de seu modo próprio de comunicar, Bolsonaro, em entrevista para o tal Sikera Jr, afirmou que “As nossas Forças Armadas podem ir para a rua um dia sim,(…) para fazer cumprir o artigo 5º. O direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa e de culto; para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores (…). Um poder excessivo que lamentavelmente o Supremo Tribunal Federal delegou”.

Bobagem em cima de bobagem, nem o artigo 5º diz isso, nem o STF deu poderes excessivos, mas apenas decidiu que no caso de medidas de segurança sanitária as decisões dos governadores e prefeitos eram conformes com a Constituição. Bolsonaro faz com esse tipo de declaração dois movimentos. Segue sinalizando para a sua base mais radicalizada que ainda é o Bolsonaro de sempre e continua medindo a febre do rato.

Observa as reações enquanto reiteradas vezes ameaça a democracia e a ordem institucional. Por enquanto tem um empate, o cachorro late e não morde, mas a visita também não se aproxima nem o dono amarra. O duro mesmo é que enquanto Bolsonaro ensaia virar ditador, a pandemia avança em direção a 400 mil mortes. Abril, faltando ainda 6 dias para terminar o mês, já é o mês mais mortal da pandemia com mais de 67 mil óbitos.

NO BRASIL

Registro de mortes hoje: 2.986Total de mortes: 389.609Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 2.531Casos confirmados em 24 horas: 69.302

Casos acumulados na pandemia: 14.307.412Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 58.183Casos ativos: 1,269 milhão.

Em (*) 98 dias de campanha, pessoas vacinadas: 28,895 milhões (13,65% da pop.)

Em segunda dose, 79 dias: 12,424 milhões de imunizados (5,87% da pop.)  NO MUNDO Casos: 147,5 milhões

Óbitos: 3.118.4001º

E U A: 585,9 mil2º

Brasil: 389,6 mil3º –

México: 214,5 mil4º

Índia: 192,3 mil5º

Reino Unido: 127,6 mil6º – Itália: 119 mil7º

Rússia: 107,9 milDados JHU (Johns Hopkins University).

É o que registra o diário de bordo.

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