As melhoras incertas e discretas

Curtas:

1- São Paulo, o estado mais criativo no quesito criar fases intermediarias para evitar o lockdown e para flexibilizar regras de isolamento mais rapidamente, passou hoje de 90 mil mortes acumuladas e com a taxa de mortalidade de 197,4/100k. Com esses números, se fosse um país, estaria em 9º em mortes acumuladas e o primeiro em taxa de mortalidade, considerando apenas os países acima de 30 milhões de habitantes.

2- O Rio de Janeiro segue batendo recordes de mortes e sua média móvel de mortes cresce há mais de 30 dias e hoje está em 288,5, a maior da pandemia.

3- Minas Gerais tem a média móvel de óbitos acima de 300 há 11 dias consecutivos. É o estado que relativamente aos demais, pior evoluiu. Ate dezembro era o que tinha a menor taxa de mortalidade, hoje está em 6º lugar e deverá em três a quatro dias estar na 8ª posição. Minas tem a segunda maior população entre os estado, perdendo somente para São Paulo.

Quanto aos dados do Brasil, observa-se uma ligeira oscilação para baixo na média móvel de casos e óbitos. Tem o fator feriado de hoje que pode ter impactado em algumas totalizações estaduais, mas também pode ser efeito das medidas de isolamento adotadas, mesmo elas sendo, via de regra, brandas e de aplicação muito desigual.

A vacinação segue lenta frente a necessidade, pois somente 13% da população tomou ao menos uma dose, o que pode ter ajudado na oscilação para baixo, mas certamente é insuficiente para derrubar as curvas de caos e óbitos, até pelo fato de que o vírus tem se mostrado mais letal para populações mais jovens que ainda não foram vacinadas, exceto categorias específicas como profissionais da saúde.

Diria que o mais provável é um cenário de quede lenta da curva, com risco de alguma subida frente ao relaxamento de medidas de isolamento precocemente, com resultados modestos e tendências de melhora não nítidas. Sempre observando que o total de casos ativos da doença permanece muito alto, hoje acima de 1,3 milhão.

Com ausência de coordenação nacional das medidas, sem lockdown, sem barreiras sanitárias e com vacinação lenta, o vírus circula livre, prolongando e agravando os efeitos da pandemia. Simples assim.

 NO BRASIL
Registro de mortes hoje: 3.157
Total de mortes: 381.687
Média móvel de mortes nos últimos 7 dias: 2.787
Casos confirmados em 24 horas: 71.231
Casos acumulados na pandemia: 14.122.116
Média móvel de novos casos nos últimos 7 dias: 63.507
Casos ativos: 1,315 milhão
Em (*) 95 dias de campanha, pessoas vacinadas: 27,476 milhões (12,98% da pop.)
Em segunda dose, 75 dias: 10,891 milhões de imunizados (5,14% da pop.)

 NO MUNDO
Casos: 144,9 milhões
Óbitos: 3.076.500
1º – E U A: 583,2 mil
2º – Brasil: 381,7 mil
3º – México: 213 mil
4º – Índia: 184,7 mil
5º – Reino Unido: 127,6 mil
6º – Itália: 118 mil
7º – Rússia: 106,7 mil
Dados JHU (Johns Hopkins University).

É o que registra o diário de bordo.

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