O Brasil a piada pelo mundo afora

O Brasil perdeu a capacidade de fazer metáforas há um tempo. Desde a ascensão desse mal em nossas terras, já queimamos nossa história e nosso passado com a tragédia no Museu Nacional.

Não se consolida 9 meses e queimamos nosso futuro com a destruição ardente da floresta. Uma gigante inocente, poderosa, mas frágil.

Como gafanhotos, a corroemos por fora até o miolo. Diante desse crime, o céu se tornou breu e caiu sobre nossas cabeças. A luz se obscureceu, não é possível mais ver, não é mais possível respirar, não é possível se inspirar, não é possível encher o peito e olhar o horizonte.

O olhar se perdeu junto à visão. De cabeças baixas fomos obrigados a permanecer pelo achatamento do céu. Tornamo-nos corcundas, presos numa fenda estéril entra o passado e o futuro, sem espaço para agir, sem dimensão para existir. Fomos compactados pelas cinzas do tempo e pelas ruínas entre a terra e o céu. Onde está a vida no seio desse mar de enxofre e fel?

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