A destruição ambiental sob o governo Bolsonaro: uma reflexão sobre os impactos e as responsabilidades

O governo de Bolsonaro e seus aliados têm sido diretamente responsáveis pela degradação ambiental e pelas consequências dramáticas para a saúde pública e o futuro do Brasil

Ricardo Salles, o ex-ministro do Meio Ambiente, fez declarações desconcertantes ao desqualificar a preocupação com as nuvens de fuligem que tomaram conta de São Paulo, classificando-as como “fakenews” e sensacionalismo. As palavras de Bolsonaro não foram menos alarmantes, com o presidente ironizando críticas internacionais e afirmando que o Brasil poderia ter “seis meses de escuridão igual à Noruega”. Essas falas não apenas minimizam a gravidade da situação ambiental, mas também descreditam as preocupações da sociedade civil e de especialistas sobre os impactos das políticas ambientais desastrosas de seu governo.

Ao longo de seu mandato, Bolsonaro tem destruído sistematicamente os mecanismos de controle e fiscalização ambiental no país. A redução de 80% do orçamento de órgãos cruciais, como o IBAMA e o ICMBio, somada à demissão de funcionários que discordavam de suas políticas, incluindo o presidente do INPE, responsável pelo monitoramento do desmatamento, têm mostrado um governo empenhado em enfraquecer as estruturas de proteção ambiental. A decisão de atacar e desqualificar as ONGs ambientais que atuam no país, além de perder o repasse anual de 300 milhões de reais do Fundo Amazônia, prejudicado pela Alemanha e Noruega, configura um quadro de destruição planejada da floresta e das condições ambientais do país.

O reflexo desse desmonte é alarmante: os incêndios no Brasil aumentaram 300% em relação ao ano anterior. Na região sudoeste do Pará, os ruralistas promoveram o “Dia do Fogo” em agosto, uma ação coordenada para queimar áreas de preservação ambiental, impactando diretamente as populações tradicionais e destruindo o modo de vida de quem depende da floresta para sua sobrevivência. A consequência mais visível desse ato de descontrole foi o escurecimento do céu em São Paulo, com uma atmosfera irrespirável e uma cena apocalíptica, como se a maior capital do país fosse tomada por uma nuvem de destruição.

Esse cenário, porém, é mais do que um desastre ambiental: é um crime contra o povo brasileiro, contra a saúde da população e contra o futuro das próximas gerações. O desmantelamento de políticas de proteção ambiental e a promoção de uma agenda que favorece o agronegócio em detrimento da preservação do meio ambiente têm implicações globais. A Amazônia, essencial para o equilíbrio climático do planeta, está sendo sistematicamente destruída sob o comando de um governo que se recusa a entender a importância de sua preservação para toda a humanidade.

Diante dos danos irreparáveis causados por essas políticas, é legítimo afirmar que o governo de Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade, sendo possível classificar suas ações como crimes de lesa pátria e crimes contra a humanidade. A destruição do meio ambiente, especialmente em um país de tamanha importância ambiental como o Brasil, não pode ser tratada com indiferença. A resposta a essa catástrofe precisa ser imediata e contundente. O impeachment de Bolsonaro é uma necessidade urgente, pois sua responsabilidade na crise ambiental e na ameaça ao futuro do país e do planeta é irreparável.

Portanto, uma campanha concreta pela saída de Bolsonaro não é apenas uma necessidade política, mas uma exigência ética para proteger o povo brasileiro e o meio ambiente, em uma ação que se reflete também no futuro das gerações vindouras e no equilíbrio climático global.

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