Politicamente correto, talvez

Contra toda a tristeza, em toda minha vida me defendi no pensamento. Encarar o que há de profundo na natureza humana é o que pode cultivar nos homens uma alma.

Quantos corpos sem almas temos por aqui e ali? Sem dúvidas, foi o pensar que me deu amparo nos momentos de maior solidão, violência e desprezo social. Ainda hoje me refugio nele. Nunca fui das massas, nunca fui das turbas, mas sempre segui uma linha reta do bem pelo bem com o próximo.

Demorei para descobrir que esse lugar metafísico que a gente nunca atinge em cheio, mas apenas tateia, intui e pelo qual se orienta coincide com o que podemos imaginar de Deus, que é o inefável por excelência. Nesses tempos políticos difíceis, minha intuição sempre vai em direção aos projetos que se distanciam por princípio de qualquer populismo.

Nada de realmente bom pode advir do contrário. A paixão tem que ser pelo bem, não pelo poder, tampouco pela ideologia. Críticos devemos ser sempre, para manter o pensamento; mas das “ondas” jamais, pois, ali a alma se dilui.

Inegavelmente, abordo a cantora Elza Soares, que segue esse princípio na cultura brasileira com rigor na cultura, e seu nome não pode ser omitido. É uma mulher gigante, que carrega a negritude e a dureza de uma história feroz, ao mesmo tempo que mantém a ternura do cuidado e do valor às pequenas belezas.

Essa sim tem minha imensa admiração. Resolvi, com humildade, expor e fundamentá-la porque é esse tipo de exemplo que gostaria que liderasse e inspirasse meu país. Por um país economicamente próspero, socialmente justo, politicamente democrático e ambientalmente sustentável.

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