A Tragédia do Caos: O Delírio Bolsonarista e o Comprometimento da Democracia

Em tempos de crise e desgoverno, o Brasil assiste a um governo totalitário que se alimenta da normalização do absurdo, criando vítimas sucessivas e gerando um ciclo de caos que corrompe as instituições e ameaça a democracia.

Todo governo totalitário, como o do bolsonarismo, tem a capacidade de gerar vítimas inusitadas e erráticas. Entre aliados e inimigos, todos se tornam, eventualmente, inimigos em um sistema de governo baseado na criação de caos constante. Essa técnica de poder visa normalizar o absurdo, causando espanto na comunidade ao apresentar um novo absurdo, ainda maior. O país, então, se vê atolado em uma espiral de incertezas e tragédias, como se a cada dia o caos se tornasse mais difícil de suportar.

Se já era surreal o suficiente perder um ministro da saúde (e da justiça) no auge de uma pandemia, perder dois foi o cúmulo do absurdo. Em um cenário como esse, as palavras já não conseguem descrever de forma precisa o que está acontecendo, tampouco prever o futuro. O tempo parece se dilatar, envelhecendo a sociedade e as instituições a cada grito e ranger de dentes.

O pior é que, quanto mais caos se instala, mais confortável o bolsonarismo se torna. A cada crise, parece que não importa o quão profundo seja o abismo; o líder parece imune à queda. A falta de compromisso com a democracia das instituições brasileiras é uma das principais responsáveis por permitir que essa ideologia tenha ascendido ao poder. De maneira alarmante, a falta de dignidade política se torna visível ao permitir que o tirano se fortaleça, se tornando uma figura central até para as instituições que, originalmente, deveriam ser sua oposição.

É impossível negar que, a cada dia que passa sem que o Congresso tome uma atitude firme contra esse mal, a dignidade das instituições brasileiras se compromete ainda mais. O silêncio e a inação diante do desgoverno bolsonarista são cúmplices de um regime que se arrasta, ameaçando a essência da democracia no país.

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