Uma mentira deslavada

Os deputados têm direito a plano de saúde da câmara. Além disso, o que o plano não cobrir, o parlamentar gasta e a câmara reembolsa. O inominável foi atendido inicialmente na Santa Casa de Juiz de Fora, onde foi socorrido e teve a vida salva por médicos do SUS.

Depois do trabalho duro já feito por esses médicos, pediu transferência para o hospital particular da elite econômica paulistana Albert Einstein, que disputou com seu rival equivalente, Sírio Libanês, para ver quem iria cuidar dos curativos pós operatórios e dar hotelaria e requinte ao candidato.

Esses hospitais, que representam o que há de maior na exclusão na saúde, estapearam-se nos bastidores para ver quem receberia o deputado. O inominável escolheu o Einstein porque outros políticos importantes dos outros partidos (PT, PMDB, PSDB e etc) se trataram no Sírio e ele queria “se diferenciar”, além de agradar a comunidade judaica que administra o hospital no Morumbi.

No entanto, como todos os outros políticos, não quis ficar onde o restante da população fica: no SUS, desprezando o cuidado dos médicos anônimos que salvaram sua vida. E quem vai pagar a conta a mais de UTI aérea, da hotelaria e do luxo que o candidato terá no hospital mais requintado do país só para não ficar no SUS será você, contribuinte que nem remédio no posto de saúde tem.

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