O Boletim Coronavírus 26 de março de 2021
SP bate novo recorde e registra 1.193 novas mortes por Covid-19 em um dia; mortes passam de 70 mil no estado
Há apenas 3 dias, estado passou de mil mortes pela primeira vez. O Estado de São Paulo tem 1.500 pacientes com Covid-19 na fila à espera de leito de UTI.
O estado de São Paulo registrou 1.193 novas mortes provocadas pela Covid-19 nesta sexta-feira (26), o recorde em 24 horas desde o início da pandemia. Há três dias, o estado havia passado pela primeira vez de mil mortes em um dia, com 1.021 óbitos.
Com isso, o estado passou de 70 mil vidas perdidas para o coronavírus. São 70.696 mortes. Nesta sexta, foram registrados 21.489, totalizando 2.392.374 infecções.
A média móvel agora é de 557 mortes diárias. O estado de São Paulo está há 25 dias com tendência de alta nas mortes.
Os novos registros não significam, necessariamente, que as mortes aconteceram de um dia para o outro, mas que foram computadas no sistema neste período.
Fila de espera de leitos
O estado de São Paulo tinha, até a noite desta quinta-feira (25), 1,5 mil pessoas com Covid-19 na fila de espera por um leito de UTI. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).
Na capital paulista, a Prefeitura de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (25) a morte de mais duas pessoas que estavam na fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na capital paulista.
Com os dois novos óbitos confirmados, chega a quatro o número de pacientes vítimas da Covid-19 que morreram à espera de leitos intensivos na capital.
Tudo indica que o Brasil terá hoje o pior resultado em perdas de vida em toda a pandemia.
São Paulo, com 1.193 mortes e Minas Gerais, com 314, somam um total que, em apenas 2 estados brasileiros, antecipa um total pavoroso de óbitos para o país.
Embora haja nestes números alguns “acertos” de registros atrasados pela estúpida mudança de critérios de registro feita há dois dias pelo Ministério da Saúde, reflete o avanço da doença, justo no dia em que São Paulo e Rio de Janeiro começam seus “lockferiados” paliativos que, embora sem a rigidez necessária, algum alívio devem nos dar, no médio prazo.
Porque , no curto prazo, aguarda-nos mais horror por, também apenas em Minas Gerais e São Paulo, foram mais de 35 mil novos casos, o que deve fazer o total brasileiro voltar aos 100 mil novos infectados confirmados em 24 horas.
O Instituto de Métricas e Avaliações em Saúde da Universidade de Washington prevê, num cenário conservador, 400 mil mortes até o fim de maio.
Um quadro como este não é compatível com meias medidas, é preciso agir já e não ficarmos perdidos em reuniões sucessivas onde não se dá um passo adiante, apenas se tenta fazer Bolsonaro dar passos atrás em sua loucura genocida.