Feriado sanitário e fase emergencial são prorrogados em São Paulo devido à crise da Covid-19

O estado de São Paulo enfrenta um aumento alarmante no número de mortes, com novas medidas restritivas sendo adotadas para conter o avanço da pandemia.

São Paulo vive um momento crítico no combate à Covid-19, com o governo estadual anunciando a prorrogação da fase emergencial até 11 de abril. A medida, que entrou em vigor no dia 15 de março, visava inicialmente durar até o dia 30, mas agora será estendida, dada a gravidade da situação sanitária no estado. O vice-governador Rodrigo Garcia fez o anúncio, reforçando a necessidade de a população se manter em casa durante o feriado sanitário e evitando viagens. As blitz nas estradas serão intensificadas, com o apoio do governo estadual às cidades litorâneas para estabelecer barreiras sanitárias.

O coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, pediu à população que denunciasse aglomerações e alertou para a gravidade do momento, enfatizando que o período de quarentena não deve ser visto como um tempo de férias. “A perda de vidas continua aumentando, e é crucial que todos permaneçam em casa para proteger seus familiares”, afirmou. A urgência do apelo se tornou ainda mais evidente com o registro de 1.193 mortes em um único dia, o recorde mais alto desde o início da pandemia em São Paulo, o que eleva a média móvel para 557 mortes diárias.

O que está permitido e proibido durante a fase emergencial

A fase emergencial impõe diversas restrições. Cultos religiosos estão suspensos, embora as igrejas permaneçam abertas para quem deseja rezar individualmente. Restaurantes não podem oferecer serviços de retirada de comida ou funcionar presencialmente, mas os serviços de delivery, incluindo drive-thrus, poderão operar 24 horas por dia. Atividades esportivas também estão proibidas, assim como o funcionamento de lojas de material de construção e outros setores comerciais não essenciais.

Além disso, a fase emergencial inclui a imposição de um toque de recolher entre 20h e 5h, durante o qual a circulação de pessoas é restrita, exceto para atividades essenciais. O uso de máscaras continua sendo obrigatório em ambientes internos e externos, e aglomerações são totalmente proibidas. A cidade de São Paulo, além das medidas estaduais, ainda enfrenta a proibição da frequência em praias e parques, como parte do esforço para limitar a disseminação do coronavírus.

Antecipação de feriados na capital paulista

No intuito de reduzir a circulação de pessoas e conter a alta nas internações e mortes, a cidade de São Paulo antecipou cinco feriados. A medida, anunciada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), visa restringir as atividades e diminuir o fluxo nas ruas. Os dias 29, 30 e 31 de março, além de 1º de abril, serão feriados municipais, o que significa que, entre 26 de março e 4 de abril, São Paulo não terá dias úteis.

A decisão foi tomada em um momento de extrema gravidade, com o município registrando sua primeira morte de um paciente enquanto aguardava por um leito de UTI. O objetivo das medidas é dar alívio ao sistema de saúde, que está operando no limite, e reduzir a pressão sobre as unidades de terapia intensiva, que enfrentam uma falta crítica de leitos.

O estado de emergência e a necessidade de ações mais rigorosas

Com o número de mortes e casos de Covid-19 em ascensão, as medidas adotadas pelo governo de São Paulo e pela prefeitura visam combater a propagação do vírus. A prorrogação da fase emergencial e a antecipação de feriados são passos necessários, mas insuficientes para resolver a crise de saúde pública que o estado enfrenta. A população é instada a seguir rigorosamente as restrições, ficando em casa e denunciando possíveis aglomerações, enquanto as autoridades trabalham para dar suporte ao sistema de saúde e limitar o impacto da pandemia.

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