A inspiração de mudança no mundo

“Foucault dizia que não é preciso ser triste para ser militante, mesmo que a coisa que se combata seja abominável. Mas as coisas que combatemos são mesmo abomináveis.

As pessoas morrem de fome, são estupradas, assassinadas por homofobia, não têm onde morar, são assassinadas pela polícia, são internadas contra a sua vontade — e a lista é infinita. Militar é se confrontar com o que há de pior no mundo, porque na práxis militante nós vamos aos poucos entendendo melhor como o mundo funciona e ele funciona abominavelmente.

Militar é uma tarefa de resistência, porque somos reprimidos pelo estado, pela ideologia dominante, pela mídia, ….e a lista segue. Para resistir é preciso força. Para termos força é preciso cuidado. Já dizia a Gal Costa: é preciso estar atenta e forte.”

Gosto desse trecho e do que ele faz lembrar. Obrigado por militar, e por inspirar outras pessoas nas nossas lutas diárias, que nos exigem coragem (e isso em você transborda) e resistência. Se é preciso cuidado, é preciso que cuidemos uns dos outros. Sinta-se cuidado sempre.

“Opressão não é liberdade de expressão… Você NÃO TEM o direito de expor uma ‘opinião’ que oprima as outras pessoas…”

“(…) E gostaria de pedir licença à Mesa para fazer uma consideração, sobre a fala do Nobre Colega [advogado] que me antecedeu.

O fato de ter negros, homossexuais, judeus etc, sejam em shows, baladas, museus, etc, não os torna imunes ao preconceito. Falo isso porque é comum em defesas de processos de homofobia [o réu] falar que tem amigos gays, mas isso não quer dizer nada, o que é perceptível é o estereótipo discriminatório de homossexuais e isso é inegável [logo, constitui homofobia].

Só gostaria que isso ficasse consignado. Olha, é preciso muita paciência para aguentar ouvir absurdos desafiadores da inteligência de qualquer pessoa com dois neurônios pensantes não-ideologicamente compromissados com a defesa deste caso, pois, é simplesmente ofensivo a pessoas de bom senso a insistente negativa de tudo por parte da defesa.

Diversas negativas são simplesmente absurdas e teratológicas, já que, para citar exemplos de quaisquer preconceito, dizer que que ele, Maycon Golveia, não teria sido alvo do COVARDE ataque “teatral” estigmatizante de um dos quadros da peça do Show Medicina do ano passado e que um quadro que se referia ao Teatro do Malandro, “joga pedra na Geni”, apesar de, segundo o depoente, intencionado antes da atribuição do nome “Geni” a um coletivo feminista da FMUSP, “não teria” tido a intenção, superveniente que seja, de atacar dito Coletivo Geni, que estava sendo objeto de fortes críticas pelas suas denúncias do ano passado na época em que a peça foi passada…)

“(…) uma violência quase tão grande quanto a física é a de proibir a vítima de se sentir ofendida (…)” (

Maycon Golveia, ao comentar, entre outros, o absurdo de integrantes do Show Medicina negarem que ele teria sido o alvo de um dos quadros do Show Medicina, dado o contexto da FMUSP na época e as próprias palavras do personagem que claramente, relativas a falas e ações notoriamente usadas por ele/praticadas com a participação dele ano passado, contexto esse que deixa claríssimo que dito quadro “teatral” visou ataca-lo pessoalmente, como, reitero, incrivelmente negaram expressamente hoje mais de uma vez)

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