A negligência governamental e a falta de consciência coletiva colocam o Brasil em um cenário de luto e desespero sem precedentes.

Quarta-feira, 3 de março de 2021, marcou o maior recorde de óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia no Brasil: 1.910 vidas perdidas em 24 horas, uma morte a cada 45 segundos. O número, mais que um dado, representa um extermínio em curso. Um país que deveria unir esforços para salvar vidas vê-se paralisado pela ineficiência de seu governo federal e pela irresponsabilidade de parte da população.
O caos é crescente. A cada dia, novos recordes são atingidos, e a possibilidade de naturalizar 2 mil mortes diárias é cada vez mais real. Enquanto isso, a ansiedade da população aumenta diante da escassez de vacinas, reflexo de uma gestão que falha em planejar, agir e comunicar. O ministro da Saúde, general Pazuello, admite que a pasta “não é uma máquina de fabricar soluções” – um discurso que revela o despreparo de um comandante que não possui formação na área em que atua.
Os números são devastadores: mais de 10 milhões de casos confirmados e mais de 259 mil mortes. Cada vida perdida representa uma família em luto, uma história interrompida, um futuro que não será vivido. Esses dados são agravados por um governo que, em vez de liderar, promove o negacionismo, o desprezo pela ciência e a desorganização como método.
O presidente da República trata a pandemia com deboche e desprezo. Suas ações e omissões revelam um despreparo alarmante e uma postura que beira o criminoso. Aqueles que votaram nele precisam refletir sobre a cumplicidade neste cenário de genocídio. A ausência de políticas públicas eficazes, combinada com a promoção de discursos anticientíficos, aprofunda o colapso de um sistema de saúde que já luta para respirar.
Diante de tanta dor, fica evidente a necessidade de medidas urgentes: impeachment, vacinação em massa e um pacto coletivo pela vida. Enquanto essas ações não são realizadas, cada indivíduo tem a responsabilidade de evitar aglomerações, usar máscaras e proteger os mais vulneráveis.
É hora de despertar desse pesadelo e agir com consciência. A crise que enfrentamos é um teste de humanidade, e nossas escolhas – ou a falta delas – definirão o futuro que queremos construir. A vida, acima de tudo, precisa ser preservada. A cada dia em que o cuidado coletivo é negligenciado, a tragédia se aprofunda, deixando uma pergunta perturbadora: quantas vidas mais serão perdidas antes que o país desperte desse pesadelo?