Orgulho é uma forma eterna de resistência aos sistemas de opressão. Ser LGBTQIA+ sempre será uma posição de não-todo, de fora, de alteridade frente à sociedade hetero-cis-normativa.
A moralidade sempre tenderá a por seu olhar sobre nós. Por isso, resistimos enquanto existimos. Fazemos aquilo que Foucault chamou na sua obra A História da Sexualidade (especificamente no tomo II) de “prática de si”, por meio da qual o sujeito estabelece para si certo modo de ser que valerá como realização moral de si mesmo. Ou seja, impõe a si as regras que dizem somente respeito à sua própria vida.
Pessoas héteros-cis não precisam afirmar seu orgulho. Seu orgulho de gênero e sexualidade é diário. Toda e qualquer ação de afirmação de orgulho hétero-cis é somente ódio às pessoas LGBTQIA+. A esses também faremos nossa denúncia diária de preconceito.