Em um cenário de crise sanitária e polarização, cresce a ameaça do autoritarismo com o governo Bolsonaro, enquanto a resistência, por meio da mobilização e defesa da ciência, se torna uma necessidade urgente.
O fascismo encontra terreno fértil em meio à atomização social, medo generalizado e a dispersão política que tem enfraquecido a democracia no Brasil. A pandemia, com os inevitáveis impedimentos impostos pelo isolamento social, criou um vácuo que tem sido explorado para a escalada de autoritarismo por parte do governo federal, além de permitir que setores da extrema-direita clamem pelo fechamento de instituições democráticas como o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.
Enquanto isso, o presidente da República tem utilizado o Ministério da Saúde como uma ferramenta para defender ideologias que atentam contra a vida, manipulando dados sobre a pandemia e prejudicando o trabalho de médicos e autoridades sanitárias. O governo, em sua estratégia de desinformação, tem se empenhado em minimizar a gravidade da crise e obscurecer o genocídio em curso.
Diante dessa situação, muitos consideram urgente a mobilização das ruas contra o governo de Jair Bolsonaro. O ato de depor um governo que adota práticas genocidas é considerado por muitos como um passo necessário para salvar vidas, especialmente quando se observa o impacto devastador nas populações mais vulneráveis do Brasil — as mais pobres, as mais velhas, as que têm doenças crônicas e as comunidades negras.
Em resposta a essa situação, profissionais da saúde realizaram um ato simbólico, respeitando as medidas de segurança sanitária. Com distanciamento social adequado, uso de máscaras e jalecos higienizados, e seguindo orientações científicas, os manifestantes protestaram com palavras de ordem contra a política de extermínio promovida pelo governo e exigiram a proteção das liberdades democráticas e o retorno da dignidade humana.
Esse movimento se posiciona contra os ataques à ciência, à saúde, ao meio ambiente, à imprensa e, principalmente, à democracia. O grito de “Fora Bolsonaro”, acompanhado de palavras como genocida, fascista, LGBTfóbico, racista e machista, ressoa como um alerta de que a luta pela liberdade e pelo bem-estar da população não pode ser silenciada.
A resistência a esse governo se dá não apenas nas ruas, mas na preservação dos princípios democráticos e da dignidade humana. As ações tomadas agora são fundamentais para garantir que o Brasil não caia em um abismo autoritário do qual pode ser difícil sair.