O papel do repórter nunca foi tão crucial quanto no contexto atual, onde as redes sociais ampliam a circulação de notícias, ao mesmo tempo em que criam um terreno fértil para as fake news. O profissional de jornalismo é a base que sustenta a imprensa, realizando um trabalho essencial de apuração, investigação e disseminação de informações verdadeiras.
Duas citações representam bem a relevância do repórter no cenário atual: “O repórter é o profissional caçador de notícias, faça sol, faça chuva, que nos informa a cada dia de todos os fatos ocorridos no mundo” e “Repórter é, hoje, uma das profissões mais vitais para o bom andamento do dia a dia. Com a quantidade de informações que recebemos, muitas vezes, não conseguimos filtrar o que é verdadeiro ou não. Essa é a função do repórter, apurar e ter certeza de que tudo é verdadeiro”.
Em um mundo onde a informação circula de forma instantânea, mas nem sempre confiável, os repórteres desempenham uma função imprescindível: separar o que é verdade do que é distorcido. Eles são responsáveis por apurar e investigar profundamente os fatos, oferecendo ao público uma visão clara e imparcial, sem as manipulações que marcam as notícias falsas. A função do repórter vai além de simplesmente transmitir informações: ele garante que a notícia seja verídica e fundamentada.
A profissão de repórter, como a conhecemos, surgiu após a invenção de Johannes Gutenberg, que revolucionou a imprensa no século XV. No Brasil, a atividade jornalística ganhou força no final do século XIX, com o surgimento dos primeiros jornais de caráter noticioso, como O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil. No início do século XX, esses jornais começaram a se dedicar ao jornalismo investigativo, focando em reportagens aprofundadas, baseadas em pesquisa e análise crítica dos fatos.

Um dos primeiros repórteres do Brasil foi Euclides da Cunha, que em 1896 cobriu a Guerra de Canudos para O Estado de São Paulo. Sua obra Os Sertões, que surgiu dessa experiência, é um marco não só na literatura, mas também no jornalismo investigativo brasileiro.
Hoje, celebrando o Dia do Repórter, homenageamos esses profissionais que se arriscam para levar a informação à sociedade, muitas vezes enfrentando censura e perseguição. O Brasil, infelizmente, é o país com o maior número de jornalistas mortos nas Américas, conforme dados da organização Repórteres sem Fronteiras, por causa da violência política, policial e de criminosos. Essas estatísticas reforçam ainda mais a importância e o valor do repórter, que, em seu trabalho, muitas vezes coloca sua vida em risco para garantir que a verdade chegue ao público.
Neste dia, celebramos a coragem, a dedicação e o compromisso dos repórteres em manter a sociedade informada, com jornalismo ético e responsável. Que o esforço desses profissionais continue a ser reconhecido e respeitado, e que, com trabalho conjunto, possamos reverter os tristes números que marcam a história da liberdade de imprensa no Brasil. #ForçaRepórter