A doença do século o racismo mascarado por trás da militância

Lutar contra opressão é o avesso do ego. É contestar estruturas histórico-sociais de desigualdade entre as diferentes identidades, mas também é, sobretudo, um gesto radical de abertura ao outro.

É compreender que o outro é um sujeito cuja existência é legítima e para o qual eu abro meu olhar atento e minha escuta acolhedora. É se deixar palco da existência daqueles que sofrem silenciamento crônico de suas narrativas.

Lutar contra a opressão é dar voz, e para isso se deve dar ouvidos, credibilidade, confiança e amor. Se no trato interpessoal falta o tempero do amor, não há luta institucional que compense.

Aliás, se no amor estivéssemos, toda e qualquer instituição seria preterível para combater opressões. Esse é o primeiro e maior exemplo que aquele que se auto-intitula militante pode dar.

Em tempos de embrutecimento, automação e mercantilização da vida, não há militância maior que a delicadeza. E mesmo as cotoveladas por vezes necessárias na vida e na política podem ser feitas em nome da preservação da ternura.

Vou falar mais uma vez BBB SIM!

A saída de Lucas Penteado, em mais um ataque daquela militância de esquerda, de Araque, que só sabe falar bonito, mas não tem nenhuma empatia, é o retrato de nosso país: Racista, homofóbico, onde o próprio preto tem ódio de preto, que não se enquadre na caixa de “preto empoderado”, que nossa sociedade podre, criou.

O Lucas não faz o perfil de preto, que nossa sociedade vil e hipócrita “quer”. E na madrugada de sábado ( 6) por um beijo em Gilberto, novamente foi execrado pela aquela militância falsificada, dentro do programa. Homofóbicos enrustidos!

Assim é o brasileiro “mente aberta”, “desconstruído”: todo mundo tem um amigo gay, todo mundo apoia gay, ninguém é homofóbico, só os bolsominions né?

Até que teu “amigo” gay, resolve beijar em público. Andar de mãos dadas, aí esses homofóbicos dos infernos, mostram a cara.

Todo mundo tem “amigo” gay. Desde que ele não assuma seu romance em público, aí não pode, boa parte da sociedade está com nojo dessas pessoas.

Apesar da Globo boicotar todo e qualquer debate sobre política real na casa, as pautas identitárias estão em voga no BBB21.

O sentimento de decepção foi total ao ver pretos que acreditávamos serem referências, negando a luta coletiva em prol de um jogo torpe e individualista.

Projota chegou a afirmar que não enxergava preconceito e que os pretos estariam em pé de igualdade na casa. Coisa que nunca foi verdade, nem na casa, nem em lugar nenhum do mundo.

NegoDi, numa crise de sincericídio, cravou que a militância de Lucas Penteado “defender vagabundo”.

Karol Konka perdeu todas as linhas do respeito ao próximo.

Lumena demonstrou toda sua prepotência e oportunismo ao tentar dar aulas de identitarismo e ao mesmo tempo agir sem qualquer empatia com Lucas, Juliette e Carla Dias. Aliás, com ninguém na casa.

Foi justamente Sarah, uma mulher branca, a única a sentir empatia com Lucas.

O que a trama, ainda que manipulada por Boninho e sua trupe, mostrou, é que as pautas contra o preconceito vão muito além de quem sofre o preconceito.

Mostrou que ainda temos negros identificados com a subserviência por conveniência. Mais precisamente falando, que precisamos nos atentar com oprimidos que surfam a onda da luta identitária para garantirem pequenos privilégios individualistas.

Atentemo-nos com oprimidos sem consciência de classe.

Hipócritas!

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