Golpe de estado em Myanmar e uma mulher praticando atividade física

Uma síntese do que está acontecendo no mundo, em um vídeo: uma mulher fazendo sua aula de exercícios, não se da conta de que a nação Myanmar, estava recebendo um golpe de Estado. Confira abaixo no vídeo:

No vídeo é visto ao fundo que pode-se ver quando o comboio de militares se encaminhava para o parlamento, nesta segunda-feira, para o golpe de estado.

A Extrema-direita do país, mais uma vez, por uso das Forças Armadas, alega “fraudes nas eleições” para tira um governo eleito democraticamente com 83% dos votos, derrubando Aung San Suu Kyi, líder de Mianmar, fechando também o acesso a internet e suspendeu voos ao páis.

Para implantar uma ditadura no país asiático, ou seja, atacaram a democracia com discurso de suposta preservação da política em que a sociedade exerce a soberania, para implantação de um governo militar em defesa dos direitos da elite local e internacional.

Depois de anos de poder compartilhado entre o governo civil de Aung San Suu Kyi e os militares, ainda muito poderosos no país, o Exército birmanês deu um golpe de Estado nesta manhã. Sem perceber que o comboio passava na avenida logo atrás de onde ela estava, a mulher dança e exibe uma coreografia enquanto está sendo filmada. Confira abaixo no vídeo: 

O problema da extrema-direita, não é o sistema eleitoral ou urnas eletrônicas, principalmente no caso do Brasil, mas sim, própria democracia.

Observo atento o golpe de estado que foi implementado hoje em Mianmar impedindo que a Presidente eleita e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi tomasse posse. Espero que Sua excelência o Embaixador Carlos Antonio Paranhos junto com o Ministro de Estado Ernesto Araujo garanta a segurança de todos os brasileiros no país além de manifestar a posição do Brasil a respeito dos acontecimentos.

Imagem de protesto contra os militares de Mianmar com imagem da líder Aung San Suu Kyi, em 1º de fevereiro de 2021 — Foto: Athit Perawongmetha/Reuters
Imagem de protesto contra os militares de Mianmar com imagem da líder Aung San Suu Kyi, em 1º de fevereiro de 2021 — Foto: Athit Perawongmetha/Reuters/ G1

Entenda mais sobre a nação Mianmar:

País localizado no sudeste da Ásia, até 1983, era chamado Birmânia. Esse nome foi alterado pelos militares que governavam o país, decidindo a troca já que Birmânia é o nome de uma etnia, essa mudança foi um gesto para outras pessoas de diferentes etnias no país. O número de habitantes está em cerca de 50 milhões majoritariamente budista. Abaixo listamos as religiões presentes:

  • Budismo (80%)
  • Crenças tradicionais (6%)
  • Protestantismo (5%)
  • Islã (4%)
  • Catolicismo (2%)
  • Hinduísmo (2%)
  • Outros (1%)

Na inicio da década 2010, Mianmar começou a viver uma fase democrática desde 2011, depois de quase 50 anos em regime militar, essa época foi regido pela junta militar no governando o país. Depois de quase 10 anos, a implantação de eleições para o Parlamento e outras reformas necessárias.

A última votação ocorreu em novembro do ano passado, tendo como principal partido civil, a Liga Nacional pela Democracia (NDL, na sigla em inglês), venceu com 83% dos cargos em disputa justa.

Os militares decidem tomar o poder, se recusando a aceitar o resultado, levando a Suprema Corte do país, que os dados do resultados eram fraudulentos. Eles ameaçaram agir e cercaram os prédios do Parlamento com soldados.

O golpe militar

O golpe não teve nenhum ato de violência e foi poucas horas antes da primeira sessão do Parlamento formado nas eleições de novembro. Com a prisão de Aung San Suu Kyi, o presidente.

Militares prenderam Aung San Suu Kyi, a presidente do país, Win Myint e outros líderes civis nesta segunda (1º). O mundo reage com firmeza ao golpe dos militares para tomar o poder em Mianmar, uma realidade triste de uma tragédia na democracia do país.

Os militares usaram tropas, caminhões e veículos blindados para bloquear todas as estradas ao redor da capital, e os helicópteros sobrevoavam a cidade, com a derrubada no sinal de internet e telefonia móvel, o país ficou sem contato com o mundo.

Nesta segunda-feira, a história mais triste do país, com os membros do NDL e líderes civis de Mianmar, detidos, a representante da nação Aung San Suu Kyi e o presidente U Win Myint, juntamente com ministros, governadores regionais, políticos da oposição, escritores e ativistas, todos caíram.

Esse golpe teve anuncio em uma estação de TV que pertence aos militares. Um apresentador fez a leitura da constituição de 2008 que permite aos militares declarar uma emergência nacional. O estado de emergência, disse ele, permanecerá em vigor por um ano. Ligeiramente, os militares tomaram o controle da infraestrutura do país, voos doméstico e internacionais suspensos e transmissões de televisão fora do ar.

Os bancos comerciais e mercado de ações estão fechados. A maior cidade e ex-capital do país Yangon, residentes correram para estocar alimentos e outros suprimentos do dia a dia.

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