Resistência diante do ódio: a força da comunidade LGBT contra o bolsonarismo

Em tempos de ascensão da LGBTfobia, a comunidade LGBT reafirma sua resiliência e sua busca pela liberdade.

O cenário político atual, com o fortalecimento de discursos de ódio e discriminação, traz à tona uma das maiores ameaças à população LGBT: a LGBTfobia empoderada. Com o bolsonarismo em ascensão, homofóbicos e transfóbicos sentem-se cada vez mais autorizados a demonstrar sua intolerância abertamente, no espaço público e nas ruas, desferindo ataques verbais e emocionais contra aqueles que se identificam como parte da comunidade LGBT. Um exemplo claro disso é o discurso de que, com Bolsonaro no poder, a população LGBT estaria condenada. No entanto, há uma resposta inequívoca para esses discursos de ódio.

A população LGBT tem um histórico de resistência que transcende os desafios impostos pelo bolsonarismo. Ao longo da história, a comunidade enfrentou inúmeras formas de repressão e violência, desde a ditadura militar no Brasil até o nazismo, o stalinismo, o fascismo e até a inquisição. Por mais que o bolsonarismo queira lançar a sua LGBTfobia como uma força de opressão, é importante lembrar que nada e ninguém pode diminuir o poder da resistência da comunidade LGBT. Já sobrevivemos a situações muito mais cruéis e continuamos firmes na nossa luta.

Em 2018, muito se falou sobre a necessidade de força nas eleições, e a força bruta parecia ser o discurso dominante. Porém, a verdadeira força reside na resistência cotidiana, na habilidade de simplesmente existir e se afirmar. A verdadeira força da comunidade LGBT não está em revidar os ataques com violência, mas em continuar a ser, resistir e se fazer ouvir. A simples presença e a busca pela liberdade e igualdade são as maiores formas de resistência. O amor, a paixão e o desejo não podem ser apagados, independentemente das ameaças legais ou físicas que tentem silenciar a comunidade.

Bolsonaro e seu governo podem tentar mudar leis e reforçar políticas de intolerância, mas isso não será suficiente para apagar o que a comunidade LGBT representa. Já sobrevivemos aos ataques, e, enquanto eles tentam nos marginalizar, seguimos nosso caminho, como sempre fizemos. A luta contra o ódio nunca se intimidou. Aquele que tenta nos reduzir a algo pequeno, a algo “perigoso”, não compreende que já enfrentamos tempos de adversidade muito maiores, e ainda assim persistimos.

A tentativa de deslegitimar a nossa existência e a nossa luta não é algo novo. Desde o momento em que a comunidade LGBT começou a aprender a silenciar os primeiros choros da repressão, a intolerância deixou de nos incomodar. A luta pela nossa dignidade nunca foi sobre os outros, mas sobre a liberdade de sermos quem somos. E, no final, os únicos realmente incomodados são aqueles que alimentam o ódio e a intolerância. A resistência é, e sempre será, uma resposta mais forte do que qualquer discurso de ódio. Eles podem tentar nos destruir, mas a verdade é que a comunidade LGBT está em constante evolução, e suas raízes são mais profundas do que qualquer tentativa de apagamento.

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