A Brutalidade Interior e o Fenômeno da Autoverdade

A ascensão de lideranças populistas revela uma verdade inquietante: a brutalidade latente nas sociedades que as sustentam.

O fenômeno da autoverdade e da pós-verdade, alimentado por uma enxurrada de mentiras disseminadas por apoiadores de líderes como Trump e Bolsonaro, expõe algo mais profundo e perturbador: a brutalidade interior das pessoas. Por trás da máscara do politicamente correto, muitas carregavam um ressentimento latente, que agora se manifesta de forma explícita.

A nudez obscena de ditadores, assassinos e milicianos, antes ocultos, agora se revela em atos de invasão ao Capitólio ou em manifestações contra o Congresso e o STF. O que torna essa revelação ainda mais chocante é que essas figuras não são distantes ou isoladas; elas estão dentro de nossas famílias, comunidades e círculos sociais. Trump e Bolsonaro não são apenas manipuladores; eles refletem e amplificam os impulsos mais sombrios de seus seguidores.

O verdadeiro desafio não está apenas na resistência a esses líderes, mas na compreensão e no enfrentamento da brutalidade que eles espelham. Essa realidade, tão assombrosa e paralisante, nos confronta com a necessidade de encontrar maneiras de sobreviver e resistir em um mundo onde a verdade e a compaixão estão constantemente sob ataque.

Lidar com essa revelação exige mais do que indignação; requer uma análise profunda e estratégias de resistência que reconheçam a complexidade das forças em jogo. Somente ao encarar essa brutalidade de frente poderemos começar a construir um futuro mais justo e humano.

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