Bolsonaro! O “emissário” da morte

Sobre o direito universal à respiração, que Achille Mbembe teve de reafirmar nessa pandemia, vemos seu exemplo agora em Manaus.

No coração da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, pessoas morrem asfixiadas. Antes por causa das queimadas. Agora por falta de oxigênio nos hospitais na segunda semana de 2021, após manifestações contra o isolamento social por grupos bolsonaristas no final de 2020.

Não apenas pacientes com Covid-19, mas todos os pacientes que precisam de suporte de oxigênio por qualquer causa, vão ter o sangue acidificado por hipoxia e morrerão.

Enquanto isso, o ministro da saúde em sua visita apenas faz exigir o uso de remédio para malária, artrite, para verme ou para bactérias como tratamento precoce para o vírus SARS-CoV-2, uma medida que pelos estudos científicos mais avançados não funciona. É o governo muito eficiente para matar. Mata todos os dias com rigor.

Além dos plebes hospitais de Manaus, há falta também de oxigênio no cérebro de Bolsonaro

A lucidez de alguns permite enxergar tanta atrocidade, aliada à passividade, crueldade e indiferença do “Governo”.

Não podemos exigir o mesmo entendimento dos radicais eleitores de Bolsonaro (é incombinável). Então perguntamos: por que as Instituições não exercem o papel para o qual foram constituídas? Por que não exigem ações e respostas do Governo Federal, defronte às milhares de mortes; à falta de equipamentos e insumos para a saúde?

A recente tragédia vivida pelos hospitais de Manaus é um mau exemplo de que com saúde não se brinca, muito menos repudia; correto Sr. Presidente? Não! Errado! Ele já disse que não é coveiro, que não pode fazer nada, que a Covid-19 é coisa de comunista, que o brasileiro é um fracote e, mais palavras dejetada.

As Instituições estão mortas; com dia e ano do sepultamento: 31 de agosto de 2016, o dia do Golpe. O dia do impeachment de Dilma Roussef. Foi deposta por supostos atos de “pedaladas fiscais”. Supostos sim, porque juridicamente não se provou conduta antirresponsável pela então presidente. Mas o julgamento foi político; o resultado político e a consequência foi real: as Instituições se sujeitaram, “fazendo errado a coisa errada”, e a frágil democracia brasileira agora é natimorta!

Por isso as Instituições não atuam no Brasil, pois, elas simplesmente não existem, desde o fatídico agosto de 2016, e Bolsonaro sabe muito bem disso, não se hesitando em acometer contra a dignidade e a vida das pessoas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.