Diga não ao racismo

Racismo é um fato científico. É empiricamente vivido, estatisticamente demonstrado e historicamente explicado. Um vice-presidente que se arroga estudado negar a existência do racismo no Brasil é uma mistura de má fé com ignorância e pequenez moral. Esse tipo de fala não deve ser tolerada.

Sobre a multinacional Carrefour e a abominação que seus seguranças cometeram (um deles ex-PM, o que choca um total de zero pessoas), socando no rosto um homem negro até a morte para “contê-lo”, que a empresa venha abaixo. Não tem justificativa para uma situação dessas.

É preciso falar de racismo e terceirização do trabalho. A terceirização é uma forma de precarização do trabalho e de tentativa de desresponsabilização da empresa contratante. A maioria das atividades terceirizadas são as funções não fins, como segurança e limpeza, funções em geral já precarizadas, de baixo valor agregado, onde a maioria dos funcionários são negros. Essas pessoas tem menor vínculo com o local de trabalho, participando menos de projetos de treinamento.

No caso de uma empresa que lida com público e que por isso precisa treinar os funcionários para não serem racistas, ela tem mais dificuldade de fazer esse treinamento.

A terceirização do trabalho, assim como a uberização do trabalho (uma forma ainda mais extrema de precarização), são portanto racistas do início ao fim, da contratação à execução do trabalho. Por isso, sempre deve ser reforçado que a empresa contratante continua sendo responsável direta pelas ações impetradas por seus funcionários, independente do vínculo empregatício.

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