Em algum momento de sua vida, você encontrará um amor espontâneo. Daqueles que aparecem quando você não consegue imaginar e que vêm para mover o chão, o coração e as emoções.

São aqueles amores dos quais ninguém está isento e que nunca avisam quando vão chegar, mas chegam. Eles fazem isso com a força de um furacão e te agitam tanto, que te fazem questionar se será certo juntar-se ao seu lindo caos. Eles o forçam a repensar seu cenário e avaliar o que você tem em comparação com o que eles oferecem.

E não é que eles sejam ruins e evoquem a maldade em você para te obrigar a fazer coisas que talvez você nunca tenha pensado fazer.

Você simplesmente é flechado. Eles se flecham. Dão-lhe “isso” que tanto é preciso para acender a chama e decidir dar aquele pulo para o vazio com alguém que, embora tenha chegado de forma súbita, também quer pular com você. Apesar da sua aparente “estabilidade”, porque você tem “isso” que tal como você, eu não tinha encontrado em mais ninguém.

Definitivamente, são amores que tendem a chegar um pouco tarde, na hora errada ou na situação menos esperada. E no final, eles são um daqueles amores que por um motivo ou outro, não pode ficar, mas você também não controla. Não por falta de desejo, mas por falta de poder, porque querer nem sempre é poder. E se há algo de cômico na vida em seu estranho senso de humor, é ver como se cruzam histórias intensas que não conseguirão terminar de escrever.

Talvez a tarefa desses amores seja nos ensinar que embora sejam fugazes, podem ser intensos. Que apesar das experiências e das negações, sempre vem alguém que nos faz sentir “que” aquele amor deve ser sentido para funcionar.

Alguém que nos dá esperança de que lá fora, ainda existem aqueles que podem nos dar “aquilo” que realmente existe e que, no final, nos lembra como é incrível estar vivo. Como é incrível existir em outra pessoa, mesmo que por apenas um momento, e então olhar para trás novamente e continuar.